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Mulheres no mercado de trabalho, avanços e desafios na igualdade salarial

27/02/2025 15h28 - Atualizado há 2 horas Publicado por: Redação
Mulheres no mercado de trabalho, avanços e desafios na igualdade salarial

A presença feminina no mercado de trabalho brasileiro tem crescido, mas a desigualdade salarial ainda é um desafio a ser superado. Segundo o Relatório Nacional de Igualdade Salarial do Ministério do Trabalho, em 2023, as mulheres representavam 39,5% da força de trabalho em empresas com 100 ou mais empregados, com uma remuneração média de R$3.904,00, o que corresponde a 80% do rendimento dos homens. O relatório também aponta que as mulheres negras enfrentam uma desigualdade ainda maior, recebendo apenas 66% do rendimento das mulheres não negras.

No estado de São Paulo, a participação feminina em empresas de grande porte foi um pouco superior à média nacional, chegando a 42%. Além disso, o rendimento médio das mulheres paulistas foi 21% maior do que a média brasileira. Apesar desses avanços, a disparidade salarial persiste, especialmente entre mulheres negras, cujo rendimento médio corresponde a apenas 63% do das mulheres não negras.

Para a presidente da ACISC, Ivone Zanquim, que fez história ao ser a primeira mulher eleita para presidir a entidade em seus 94 anos de existência, a luta por equidade no ambiente de trabalho precisa ser contínua. “Os números mostram avanços, mas também deixam claro que ainda há muito a ser feito. Como empresária e representante do setor, acredito que incentivar políticas de equidade e ampliar oportunidades para as mulheres são medidas essenciais para um ambiente empresarial mais justo e produtivo”, destacou.

O economista do Núcleo de Economia da ACISC, Elton Casagrande, também reforça a importância de políticas voltadas à inclusão feminina no mercado. “O estado de São Paulo apresenta indicadores melhores do que a média nacional, mas a desigualdade salarial ainda é uma realidade. Programas de capacitação e incentivo à presença feminina em cargos de liderança são fundamentais para reverter esse cenário”, explicou.

O relatório também apontou que São Paulo ocupa a terceira posição no ranking nacional de estados com mais empresas adotando políticas de contratação de mulheres e a quarta posição entre aqueles com maior número de empresas com Planos de Cargos e Salários. No entanto, é importante considerar o volume absoluto de empresas no estado: São Paulo possui mais de 16 mil empresas, um número muito superior ao de estados como Rondônia e Pará, que contam com 268 e 42 empresas comprometidas, respectivamente. Isso demonstra que o número relativo de empresas comprometidas com a equidade é maior do que qualquer outro estado. E, em termos absolutos, também lidera.

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