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Nanobioeletroquímica pode produzir energia limpa e renovável

13/11/2012 20h53 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Nanobioeletroquímica pode produzir energia limpa e renovável

Em reunião da Sociedade Americana de Física ocorrida em dezembro de 1959, o físico Richard Feynman, em sua palestra sobre o controle e manipulação da matéria em escala atômica, afirmou não haver qualquer impedimento teórico em reunir 24 volumes da enciclopédia britânica na cabeça de um alfinete.  Surgia o conceito de nanotecnologia, ou seja, o estudo da manipulação da matéria numa escala atômica e molecular.

 

Apesar de ser uma ciência nova, a nanotecnologia está muito presente no nosso dia-a-dia. Seu uso mais conhecido está nos componentes eletrônicos, mas também é empregada em tecidos, cosméticos, curativos e outras tantas utilidades.  São materiais e produtos mais leves e resistentes se comparados com materiais micro e macroscópicos.

Novo emprego da nanotecnologia está na possibilidade de gerar energia limpa e renovável.

O pesquisador Frank Nelson Crespilho, do Instituto de Química de São Carlos – USP, é editor de livro recém publicado, que aborda temas de fronteira em nanociência e bioeletroquímica.

Nanobioelectrochemistry:From Implantable Biosensors to Green Power Generation, publicado pela editora alemã Springer-Verlag, reúne em suas 137 páginas,  pesquisadores de grande prestígio internacional, tanto brasileiros como estrangeiros.  Segundo Crespilho, os tópicos abordados no livro vão desde estudos fundamentais envolvendo biomoléculas (como proteínas e DNA) e nanopartículas, até as reais aplicações dos nanomateriais na medicina e na geração de energia limpa. Alguns capítulos abordam como os nano-biossensores podem ser aplicados em diagnose de doenças como câncer e como os nanomateriais interagem com células e proteínas especificas. As mais modernas técnicas eletroquímica para investigação de processos físico-químicos em nível molecular também integram o livro.  Crespilho dedicou um capítulo aos bio-dispositivos implantáveis e nano-biossensores.

 

O pesquisador

Químico formado pela USP, fez estágio em Bioeletroquímica na Universidade de Coimbra, Portugal. Em 2009 recebeu o Prêmio “The Electrochimica Acta Travel Award for Young Electrochemists”, outorgado pela Elsevier e pela Sociedade Internacional de Eletroquímica (ISE), em Pequim, China.

Contratado como professor pelo Instituto de Química de São Carlos-USP em maio/2012, coordena o Grupo de Bioeletroquímica e Interfaces.  Foi eleito Membro Afiliado da Academia Brasileira de Ciências (2012-2016). É membro da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e Sociedade Internacional de Eletroquímica (ISE). Também publicou “Eletroflotação: princípios e aplicações”, em 2004.

Crespilho pesquisa fenômenos biomoleculares em nanoestruturas, das quais destacam-se interação entre biomoléculas e nanoestruturas; magnetoeletroquímica; bioeletroquímica aplicada a sistemas celulares, biossensores, biocélulas a combustível e biochips implantáveis.

 

Para saber mais

Blog do Grupo de Bioeletroquímica e Interfaces do IQSC-USP:  http://bioeletro.blogspot.com.br/

Site da editora Springer-Verlag: http://link.springer.com/book/10.1007/978-3-642-29250-7/page/1

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