Nota da AEASC quanto aos alagamentos e enchentes na cidade de São Carlos/SP
AEASC entende que é necessário interação e revisão dos vários estudos de microdrenagem e macrodrenagem
A AEASC, Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos de São Carlos, após as fortes chuvas do dia 28/12/2022 emitiu nota de solidariedade aos moradores e comerciantes que sofreram perdas materiais, e a família da Professora Claudia Maria Guerreiro que veio a falecer em decorrência das chuvas. Também fez contato com a Defesa Civil do Estado de São Paulo informando sobre a situação dramática e colocou- se junto com o CREA-SP a disposição para auxiliar as autoridades municipais.
A AEASC, como tem realizado ao longo dos últimos 50 anos, continua à disposição do dos agentes públicos e da comunidade são-carlense para auxiliar nas discussões, projetos e legislações que envolvam a Engenharia, Arquitetura, Agronomia e Geociências.
Esta Associação, nunca se omitiu em opinar de forma técnica sobre as questões de infraestrutura, meio ambiente, desenvolvimento urbano sustentável, uso e ocupação do solo, e não seria neste momento em que a nossa “Atenas Paulista”, novamente é atingida com os alagamentos, enchentes e inundações, que a AEASC ficaria sem se manifestar.
Assim, após o colapso do aterro da ferrovia sobre o Rio do Monjolinho que ocasionou, provavelmente, o maior alagamento da área da Rotatória do Cristo e a informação que a concessionária da ferrovia, a Rumo Logística, realizava obra emergencial com a diminuição da área da passagem de água no local, a AEASC convidou o Poder Executivo a participar de reunião em sua Sede para que seus associados tivessem conhecimento da obra no local.
Na ocasião, o Secretário de Obras Públicas João Muller, informou que a empresa Rumo Logística havia instalado de modo emergencial, aduelas de concreto armado com seção de passagem de água 70% menor da anteriormente existente, fato confirmado pelo especialista em drenagem Eng. Civil José Mario Frasnelli. Também foi informado que a concessionária Rumo Logística deverá iniciar em breve a construção de uma ponte ferroviária no local, com posterior desmonte do aterro existente, permitindo aumento da vazão no local.
Logo a AEASC, manifesta-se que tecnicamente não concorda com a redução da área de passagem de água sob a linha férrea, pois aumentará significativamente o risco de inundações e alagamentos na região da Rotatória do Cristo, visto que houve um estrangulamento para a passagem do fluxo da água naquele local. E solicita que a empresa Rumo Logística se empenhe na busca de alternativas urgentes para amenizar futuros riscos de alagamentos, e sugere um estudo para instalação de bombas de recalque para transpor a água de montante para jusante do aterro da ferrovia, nesta estação chuvosa.
Por fim, a AEASC entende que é necessário a interação e revisão dos vários estudos de microdrenagem e macrodrenagem, para auxiliar na definição da priorização das obras antienchentes em nossa Cidade e mantém seu compromisso de auxiliar as autoridades e a comunidade no enfrentamento deste problema.
Atenciosamente,
Diretoria da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos