Os Monges do Século IV e suas orações
“Rezem o terço, todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.” (Memórias da Ir. Lúcia, p.174)
Nas aparições de Nossa Senhora, sobretudo em Lourdes e Fátima, Ela nos pediu que, rezássemos o Santo Terço.
Esses pedidos tiveram grande repercussão na Igreja, tendo vários documentos do Magistério Papal e o próprio exemplo pessoal dos Papas e dos Santos apelam vivamente a essa forma de devoção.
Não é possível datar com certeza sua origem, nem determinar com precisão o modo como evoluiu.
Os primeiros monges do deserto, século IV, tinham o costume de rezar orações vocais usando pedrinhas como marcadores.
Rezava-se o Pai-nosso, em geral.
A partir do século XII difundiu-se o costume de rezar cento e cinquenta Ave-Marias com cordinhas cheias de nós, era o modo que os iletrados encontravam para substituir a oração dos cento e cinquenta salmos que os monges rezam nos coros das grandes abadias medievais. Depois, se uniu às Ave-Marias ou Pais-nossos, e finalmente, uniu-se às orações a contemplação dos mistérios.
Foram os dominicanos que, no século XII, contribuíram para a difusão dessa devoção que, se espalhou por toda a cristandade ocidental.
A partir de 1480, iniciou-se a esquematização dos quinze mistérios como tínhamos ate há pouco, quando o santo padre o Papa João Paulo II introduziu (em 2005) os cinco mistérios luminosos.
Esta oração sustentou e consolou a fé do povo de Deus, em tempos de graves perigos, provocados por guerras e heresias.
Os dominicanos usaram-na no combate à heresia cátara, no século XIII e como o povo cristão a rezou pedido socorro contra os muçulmanos na batalha naval de Lepanto, no século XVI, sendo patrimônio da devoção da Igreja do Ocidente.
Século após século esta foi, sobretudo a oração dos pobres, dos simples, dos desvalidos, seu misterioso elo de ligação com a Igreja e com a vida espiritual é um símbolo claríssimo de identidade católica, e está todo orientado para Cristo, pois, nos dirigimos a Ele e Dele decorrem todos os acontecimentos da nossa salvação.
Ao rezar o Terço todos os dias, meditando nos Mistérios da Vida de Cristo, crescemos na semelhança a Ele, como nos ensinou o Santo Padre o Papa João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado em família, em comunidade, pessoalmente – vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação. ” (Alocução de 06/05/1. 980).
Deus abençoe você!
Gisele Botêga
Missão Consagra-te
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