Pesquisador tem livro premiado
O Prêmio Jabuti Acadêmico foi criado em 2024 e é dedicado às áreas científicas, técnicas e profissionais, para valorizar, reconhecer a excel
Marco Rogério
O livro digital “Eletrofiação e nanofibras: fundamentos e aplicações”, que tem como organizadores o pesquisador e chefe adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Daniel Corrêa, e a professora Luiza Amim Mercante, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi o vencedor na Categoria “Química e Materiais”, na 1ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico.
A entrega ocorreu terça-feira (6), no teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo e, além dos organizadores, contou com a participação do chefe-geral da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini, além da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá – a Empresa venceu na categoria Ciência de Alimentos e Nutrição, com o livro Brasil em 50 Alimentos, organizado pelo jornalista Jorge Duarte.
Daniel Corrêa, em entrevista exclusiva ao PRIMEIRA PÁGINA, revelou que foi uma grande surpresa e também uma grande satisfação o grupo ser indicado à final do prêmio e mais ainda conseguir o primeiro lugar na temática de química e materiais. “A vitória não é só minha e da professora Luiza Amim Mercante, que organizamos o trabalho, mas também de todos os 77 autores que compõem os 17 capítulos da obra”, ressalta ele.
O pesquisador destaca que a obra é o primeiro livro publicado em língua portuguesa que tem a temática de eletrofiação e nanofibras que encontram aplicações na medicina, agricultura meio ambiente, energia e etc. “Assim, esperamos que seja uma obra de referência para professores e alunos de mestrado e doutorado e também para o pessoal da indústria”, afirma Corrêa.
Segundo ele, o objetivo maior é popularizar o conhecimento contido na obra. “Outro objetivo importante é promover o trabalho em grupo. Temos 77 autores participando desta obra que esperamos que seja uma referência. Para construir uma obra complexa como esta é fundamental que tenhamos acesso às várias expertises que temos espalhadas por todo o Brasil”, conclui ele.
PRÊMIO JABUTI
O Prêmio Jabuti Acadêmico foi criado em 2024 e é dedicado às áreas científicas, técnicas e profissionais, para valorizar, reconhecer a excelência e divulgar os autores e editores que se dedicam a esses segmentos no Brasil. Os autores premiados em cada uma das 29 categorias receberam uma estatueta e um prêmio de R$ 5 mil – no total foram 1953 obras inscritas.
Livro pioneiro
Publicado no final de 2023 pela Atena Editora – com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – o livro, sobre os fundamentos da eletrofiação e aplicações das nanofibras eletrofiadas, é pioneiro em Língua Portuguesa, possui 532 páginas, e está disponível gratuitamente no endereço https://atenaeditora.com.br/catalogo/ebook/eletrofiacao-e-nanofibras-fundamentos-e-aplicacoes#.
Os organizadores reuniram um grupo de 77 autores de diferentes áreas do conhecimento, de mais de 20 instituições de ensino e pesquisa do Brasil que, em 19 capítulos, fizeram uma compilação dos mais importantes aspectos da área, como um guia gratuito para pesquisadores, estudantes e profissionais da indústria que buscam entender as complexidades da técnica de eletrofiação e suas potencialidades em diferentes áreas.
Técnica versátil
“Essa é uma obra destinada a profissionais da academia e do setor industrial interessados nos aspectos básicos da técnica de eletrofiação, como também nas suas inúmeras possibilidades de aplicação”, comenta a professora Luiza Mercante.
“Esperamos que a conquista do Prêmio impulsione um interesse ainda maior nesta técnica versátil para a produção de nanomateriais funcionais, já que se trata de um conteúdo com acesso gratuito”, explica o pesquisador Daniel Corrêa.
“Além disso, o livro traduz a experiência do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação e de nossos parceiros no desenvolvimento de sensores e biossensores para análise da qualidade de alimentos, bem como em sistemas para remediação ambiental e até mesmo no desenvolvimento de curativos multifuncionais para tratamento de feridas cutâneas, por exemplo”, finaliza Corrêa.