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PF é acionada em caso de conversa com pedófilo

17/11/2011 12h26 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
PF é acionada em caso de conversa com pedófilo

Noticiado em primeira mão pelo Jornal Primeira Página, o caso da estudante de 11 anos, que foi orientada por uma professora da escola estadual Maria Ramos, no Pacaembu, a entrar em uma sala de bate-papo na internet voltada a sexo e relacionamento, para conversar com possíveis pedófilos ganhou novos desdobramentos.

Na manhã de ontem (16), a família da aluna foi até Araraquara, onde foi ouvida pelo delegado da sede regional da Polícia Federal. Orientada por seu advogado, a família da menina, que tem dupla cidadania (brasileira e norte-americana) e cujo pai mora nos Estados Unidos, procurou a PF para expor a situação, uma vez que a Delegacia de Defesa da Mulher,em São Carlos, não registrou um Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido, por não ter sido constatado nenhum crime. Após ouvir a família da aluna, a PF irá instaurar um inquérito para investigar o caso.

Para o promotor Marcelo Mizuno, da Vara da Infância e Juventude de São Carlos, que acompanha de perto os desdobramentos do caso, já foram tomadas todas as medidas cabíveis quanto à proteção da menor, por parte do poder público e pela direção da escola. O que deve ser feito, agora, é aguardar o resultado da apuração que a Diretoria de Ensino deverá realizar, na escola, para avaliar o que realmente ocorreu nesse caso.

“O trabalho já foi cancelado, a Diretoria de Ensino já foi acionada, houve o afastamento preventivo da professora, por parte da Secretaria de Educação, para que a investigação sobre o que realmente ocorreu não seja comprometida. Além disso, será feita uma revisão do conteúdo pedagógico para que sejam apuradas as responsabilidades. Mas o mais importante, a criança não está e nem foi exposta em situação de risco”, afirma.

Para ele, não houve nenhum crime na tarefa dada pela professora e nem na situação. O que pode ter ocorrido foi um equívoco na forma de execução da atividade, mas que não acarretou nenhum grande prejuízo.

“Tanto que toda a estrutura escolar foi acionada, coordenadores pedagógicos, Diretoria de Ensino, direção da escola. Esse erro já foi reparado. O que vai ser avaliado, pela Secretaria de Educação, é de quem foi a culpa e quais atitudes serão tomadas. Mas em relação à proteção da estudante, todas as atitudes já foram tomadas”, finaliza.

Já a diretora da escola registrou, na tarde de anteontem (15), uma queixa-crime de calúnia contra os pais da aluna, devido à acusações de que a escola tentou acobertar o caso. A dirigente de ensino, Débora Gonzáles Costa Blanco, esteve junto com a diretora, na Polícia Civil, registrando o BO. Também foi solicitado o acompanhamento do caso pelo Ministério Público Estadual.

HISTÓRICO – A Diretoria Regional de Ensino abriu, na semana passada, uma apuração preliminar para verificar a conduta de uma professora de língua portuguesa, da escola estadual Maria Ramos, no Pacaembu, que determinou que uma aluna de 11 anos, que cursa a 6º série, entrasse em uma sala de bate-papo na internet para conversar com pessoas que buscam sexo virtual e possíveis pedófilos.

A professora chegou a escrever um bilhete no caderno da aluna passando orientações sobre como ela deveria agir na sala de bate-papo. O Primeira Página teve acesso ao bilhete e conversou com o padrasto e a mãe da aluna. Sob a condição de anonimato, o padrasto concordou em gravar entrevista.

A dirigente regional de ensino, Débora Gonzáles Costa Blanco, disse que logo que tomou conhecimento do problema, tomou todas as providências administrativas.

A professora, que está há cerca de oito anos dando aula na rede pública estadual, foi afastada até que os fatos sejam apurados.

O caso teve grande proporção e gerou repercussão nacional. Sites como UOL. Folha.com, Terra, G1, Estadão, R7, reproduziram a reportagem do jornal Primeira Página e do Portal Jornalpp.com.br.

A reportagem foi veiculada também nas TV Globo, Record, Band, EPTV Central, Rede TV, além dos canais pagos Globo News e Bandnews. Na capital paulista a reportagem realizada primeiro pelo Jornal Primeira Página ganhou destaque na Rádio Bandeirantes, onde o apresentador José Luiz Datena, fez inúmeros comentários. A reportagem também foi repercutida na CBN, Rádio Globo e Estadão/ESPN.

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