30 de Junho de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Preços dos alimentos continuarão altos

Preços dos alimentos continuarão altos

Especialista explica que dólar em alta e variações climáticas têm atrapalhado a produção agrícola e encarecido a produção agrícola em geral

28/06/2024 00h19 - Atualizado há 2 dias Publicado por: Redação
Preços dos alimentos continuarão altos Foto: Tomate e batata tem sido dois “vilões” do consumidor na hora de comprar alimentos Foto: Marco Rogério

Marco Rogério

Os preços altos do alimento se manterão nos próximos meses e as causas são várias. O economista Paulo Cereda afirma que vários fenômenos contribuem para que os preços de alguns produtos alimentícios não sofram quedas nos seus preços no varejo, o que força o consumidor a pesquisas cada vez mais.

“A inflação dos alimentos no Brasil já vem numa tendência há um tempo por uma série de fatores. Primeiro o valor dos insumos usados principalmente no agronegócio, que são principalmente os fertilizantes, cujos preços são cotados em dólar. Com o dólar em alta, os preços dos insumos também sobem. Os implementos agrícolas, desde pneus até peças mecânicas seguem a mesma tendência. A alta da moeda americana influencia em tudo isso”, explica ele.

As variações do clima também tem castigado o consumidor na hora de comprar cereais, frutas, legumes e verduras em geral. “Os problemas climáticos também têm fator decisivo na alta dos preços dos alimentos. Estes fatores vão desde o excesso de chuvas que comprometem o período de colheita até a escassez das águas ou temperaturas extremas em algumas regiões que também afetam a colheita e a produtividade da safra. Tudo isso tem contribuído para a alta dos preços. Estamos em época de seca no Sudeste e excesso de chuvas no Sul e isso pode manter o atual preços dos produtos, principalmente os que não estão no período de safra. Não há previsão de recuo nos preços dos produtos alimentícios, pelo menos no curto prazo. Tem muita coisa especulativa no mercado devido as instabilidades políticas, as guerras. Estas instabilidades e especulações internas também atrapalham”, ressalta Cereda

Em junho, o grupo de despesas alimentação e bebidas foi o que teve o maior impacto no IPCA-15, com  inflação de 0,98%. Os itens que mais contribuíram para a alta de preços foram batata inglesa (24,18%),  leite longa vida (8,84%), arroz (4,20%) e tomate (6,32%).

Também apresentaram altas de preços os grupos de despesa habitação (0,63%), saúde e cuidados pessoais (0,57%), vestuário (0,30%), despesas pessoais (0,25%), comunicação (0,17%) e educação (0,05%).

Estes números foram apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que divulgou, na última quarta-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – que mede a prévia da inflação oficial no país. Ela ficou em 0,39% em junho deste ano. A taxa é menor que a observada em maio (0,44%), mas superior ao percentual de junho de 2023: 0,04%.

 

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x