Prefeita queria cobrar pedágio de motos e motonetas
Maioria dos vereadores rejeitou proposta; apenas Gabriel Gobbi e Eraldo Cafu deram apoio à cobrança sobre veículos de duas rodas

A Câmara Municipal de Itirapina rejeitou, por 8 votos a 2, recentemente, o Projeto de Lei 32/2023 da prefeita Dona Graça Zucchi de Moraes, que criava a cobrança de tarifa de pedágio de motocicletas e motonetas nas proximidades do Broa, na Rodovia Municipal Fernando de Arruda Botelho.
O projeto alterava o artigo segundo da Lei 2.149 de 1 de dezembro de 2006. O artigo segundo da lei isentava motos e similares da cobrança. A mudança neste artigo, proposto por Dona Graça, previa a cobrança para as motocicletas.
Desde a criação das duas praças de pedágio que existem nas imediações da entrada principal do Balneário Santo Antônio ou Represa do Lobo, estes veículos motorizados de duas rodas estavam entre os isentos da cobrança. O projeto teve os votos favoráveis apenas dos vereadores Gabriel Gobbi e Eraldo Cafu, ambos do PSDB e favoráveis a cobrança de pedágio para as motos e motonetas.
A Lei Municipal 2.149 foi alterada pela Lei 2.500 de 2011 e prevê isenções. Houve um choque entre as legislações, fato apontado pela vereadora Claudete de Oliveira (PSDB) na tribuna da Câmara Municipal. Depois disso, a própria bancada governista desistiu de apoiar a ideia da prefeita Dona Graça e votou contra a cobrança.
CARNAVAL POLÊMICO
Antes desta polêmica, a prefeita Dona Graça já havia se envolvido em outra no Carnaval deste ano, quando promoveu um “tarifaço” para os turistas que quisessem visitar o Broa, promovendo um reajuste bastante alto nos valores de ingresso ao balneário.
O movimento de turistas caiu drasticamente neste carnaval em relação aos outros anos na represa do Broa, em Itirapina após o aumento das taxas de entrada. O chamado “Tarifaço de Dona Graça Zucchi de Moraes (PSDB)” teve o objetivo de afastar os visitantes da Represa do Lobo durante o Reinado de Momo.
Durante todos os dias de Carnaval, o movimento na represa era bem tranquilo, mesmo com o calor intenso. As tarifas mais altas valeram apenas para o período do carnaval. Neste período, uma moto precisa pagar R$ 40 para entrar na área da represa, um carro, R$ 100 e um ônibus, R$ 2 mil.
O decreto com os novos valores foi publicado no Diário Oficial do dia 3 de fevereiro. A prefeitura argumentou que devido ao feriado aumenta o número de turistas que causam “inúmeros transtornos e dificulta que se ofereça uma infraestrutura adequada ao seu bom atendimento, principalmente no que tange à segurança dos mesmos”.