Prefeitura aprova projeto da Tusca em São Carlos
Prefeitura aprova projeto de equipe da 33ª edição da Taça Universitária de São Carlos (Tusca), apresentado pelas diretorias das Atléticas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aos órgãos públicos do município e do Estado que traz a micareta em um quarteirão fechado dentro do distrito industrial Miguel Abdelnur e com cobrança de ingresso a R$ 20,00 como alternativa ao tradicional corso, que foi proibido em 2011.
De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura, Rosoé Donato, que responde pela Prefeitura, houve um entendimento,entre Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiro, e inclusive do Ministério Público de que concentrar o evento em um único espaço seria mais fácil de controlar.
“Foi exigido da organização, equipes médicas particulares para atender à demanda do evento. Correríamos o risco de ao não permitimos até a micareta de que festas iriam ser pulverizadas nas mais de 8 mil repúblicas da cidade, e a possibilidade de superlotar os serviço público de saúde, abarrotar o 190 da PM com denuncia de desordem e a possibilidade de desencadear um corso espontâneo ou informal”, enumerou.
Donato avalia que ao concentrar a festa em um único lugar o efetivo da Polícia Militar será mais eficaz. “A Prefeitura faz um apelo que os estudantes utilizem o transporte público que estará direcionado ao evento e deixem o carro guardado. Se quem tiver na festa insistir em usar o carro após ingerir álcool será abordado pela PM e poderá ter o veículo aprendido”, ressaltou.
Segundo o presidente da Atlética da UFSCar, Humberto Mariano de Carvalho, o evento está focado na realização dos campeonatos esportivos e diminuindo a importância das festas que ocorrem durante os quatro dias de evento. “A proposta é valorizar as competições e reduzir as festas e shows. A parte esportiva é o centro das atenções da Tusca e o foco principal dos organizadores”.
De acordo com Donato, este projeto final começou a ser esboçado em março, numa primeira reunião com a Prefeitura, Ministério Público e os coordenadores da Tusca, convocada pelo promotor Oswaldo Veronez Filho, quando começou-se a discutir o planejamento do evento.
Donato atendeu ao Primeira Página após se reunir na tarde de ontem com o promotor Oswaldo e disse que ele ouviu as colocações da prefeitura que foram avalizadas pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiro. Entretanto até o final dessa edição a reportagem do jornal não conseguiu ouvir a versão da promotoria.
A micareta, de acordo com o presidente da Atlética da UFSCar será em local fechado e totalmente controlado dentro do distrito industrial Miguel Abdelnur. A organização da Tusca negociou com as empresas instaladas do distrito a logística de trânsito dos caminhões de transporte e carros dos funcionários durante a realização do evento, segundo assessoria de imprensa do evento.
A Tusca acorre simultaneamente as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As competições da taça vão ocorrer nos ginásios da UFSCar e Milton Olaio, nesses dois pontos terão alunos do ensino fundamental participando do Enem. De acordo com Donato, foi acordado com a a organização que as torcidas organizadas não utilizem de instrumentos de música e percussivos durante o período das provas.
O tenente Rodrigo Della Nina, comandante interino da 1ª Companhia da Polícia Militar de São Carlos, afirmou que caso seja aprovada a realização da micareta dentro do Distrito Industrial, a Polícia Militar estará presente com um efetivo para aplicar o bafômetro (ou etilômetro na linguagem técnica) e coibir abusos dos participantes.
Sobre a possibilidade de os estudantes e participantes da festa transgredirem a norma e improvisarem um corso espontâneo e informal, Della Nina foi categórico ao afirmar que a PM não irá permitir tais manifestações. “Se houver uma quebra da ordem pública, a Polícia Militar irá intervir”, afirmou.
Na reunião, estavam presentes o secretário municipal Donato, o corpo jurídico da Prefeitura, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e gestores do trânsito, Guarda Civil, Guarda Municipal e a equipe que coordena a Tusca.
Desde setembro do ano passado, após a segunda morte ocorrida no corso, o prefeito Oswaldo Barba (PT) proibiu a realização da festa na rua que já chegou a reunir perto de 40 mil estudantes no percurso. O corso abre os jogos da Tusca há 32 anos em uma peregrinação com trio elétrico e muita bebida.
Nos 2 últimos anos Tusca foi marcada por 3 mortes
Em 2011, um estudante de 23 anos morreu após ser atropelado por um caminhão carregado com cerveja da Tusca na noite de abertura do evento, na rotatória do Jardim Cardinalli, na avenida Getúlio Vargas. Em 2010, a festa também foi marcada por uma tragédia. O estudante da USP de São Paulo, Ricardo Mitsuo Iawashi, de 21 anos, morreu acidentalmente após participar do corso. O corpo dele foi encontrado no córrego da avenida Trabalhador São-carlense na manhã de 13 de novembro.
A edição 2011 da Tusca teve outra morte no terceiro dia de festa. A idosa Rosa Buzzo Zuccolotto, 82, morreu após ser atropelada pelo universitário Ewerton Diego Gonçalves, 23. Ele saía de uma festa da Tusca e, segundo a PM, estava com sinais de embriaguez.
Aos descontentes e retrógrados, no carnaval de Salvador, Olinda, morrem pessoas todos os anos e nem por isso são cancelados. Eu preciso de consumidores para o meu estabelecimento, não vivo de salário público. Vamos criar condições para inibir ao máximo as ocorrências negativas na TUSCA, mas não proibir!! Proibir é fácil, qualquer um faz, quero ver é dar condições para a festa ocorrer e gerar divisas para a cidade sem criar transtornos. Isso faz parte da função dos administradores e servidores públicos envolvidos também na organização. Quanto a Valéria aí nos comentários, todos os brasileiros tem direito ao serviço público de saúde do país, todos pagam impostos e não se esqueça que a Santa Casa está sempre abarrotada de pacientes das cidades vizinhas…….eles chegam todos os dias de busão, viu!?
não sei como isto ocorreu de novo….qtas pessoas vão passar mal ou morrer?????nosso SAMU ,sta casa,bombeiros é para o bem estar da cidade de São Carlos e não para estes estudantes que aprontam e os próprios pais que pagam a faculdade não sabem o que eles fazemmmmm….Só sabem na hora que o hospital ou funerária os chamam….REALIDADE…..Apoio ao FREIRE……