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Primeira captação de órgãos é realizada na Santa Casa de São Carlos

02/10/2012 11h38 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Primeira captação de órgãos é realizada na Santa Casa de São Carlos

A Santa Casa de Misericórdia realizou a primeira captação de órgãos para transplante. O potencial doador era do sexo masculino, tinha 56 anos, era morador de Porto Ferreira e veio a óbito na última sexta-feira, 28, por morte encefálica.

 

Foram captados rins e córneas por uma equipe vinda de Ribeirão Preto, do Hospital das Clínicas, e o fígado por outra equipe vinda de Campinas, do Hospital de Clínicas da Unicamp. Outros órgãos, como coração e pâncreas, não puderam ser aproveitados por algumas intervenções.

Este foi o primeiro procedimento de captação de órgãos para doação realizada pela Santa Casa desde a criação da Comissão de Doação de Órgãos em 2009. Do qual o médico urologista, Ivan Carlo de Manzano Linjardi é o coordenador geral.

“O trabalho da Comissão não teria sucesso se não houvesse um serviço de agilidade e colaboração em equipe. Por outro lado, a conscientização da população sobre a importância desse ato de doação também é muito necessária para alcançar o objetivo de salvar vidas”, comenta Linjardi.

Todo procedimento cirúrgico para retirada dos órgãos ocorreu durante a madrugada de sexta para sábado. Após a captação, imediatamente os órgãos foram transportados aos respectivos hospitais para o inicio do transplante.

Após a retirada dos órgãos, todo o processo de transplante precisa ser realizado em tempo hábil para que os órgãos não percam suas condições orgânicas. No caso do fígado, que neste procedimento foi o primeiro a ser retirado, pode sobreviver até 24 horas fora do organismo. Os rins podem durar de 24 a 48 horas. Já as córneas podem permanecer até seis dias fora do organismo em condições corretas de armazenamento.

O potencial doador veio a óbito na manhã do dia 28, após ficar por quase uma semana internado em estado gravíssimo com traumatismo craniano, do qual por fim, veio a evoluir a um quadro de morte encefálica, isto é, quando há a falência completa do sistema nervoso central, o encéfalo, que é composto pelo cérebro, ponte e o bulbo.

Após o paciente entrar em coma profundo, os exames obrigatórios passaram a ser feitos para confirmar a falência do encéfalo. Para isso são realizados dois exames clínicos e um complementar por aparelhos em intervalos de seis horas. Somente após o último resultado, a família é informada sobre o quadro irreversível de consciência e consequentemente, o óbito natural.
É neste momento que a família é informada sobre a possibilidade da doação dos órgãos e a Comissão entra em cena para qualquer explicação ou orientação.

De acordo com a psicóloga da comissão, Juliana Fernanda Tedesco, a família foi tranquila na decisão sobre a doação, pois, em vida, o paciente veio a declarar sua vontade em fazer tal ação. “Após o diagnóstico do óbito por morte encefálica foi passada à família pelo doutor Bonjorno. A opção da doação de órgão foi oferecida à esposa, filho e cunhados do paciente. De forma muito serena, todos concordaram com a vontade deixada pelo paciente”, comenta Tedesco.

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Mila
Mila
12 anos atrás

Parabéns a todas as equipes envolvidas pois isso é uma ótima noticia e que muitos possam fazer essa ação, e parabéns para a família que respeitou a vontade do seu parente querido,e sabemos e o hospital de São Carlos está cada vez mais buscando se atualizar para fazer melhor seu trabalho,e é muito bom saber que um médico como Ivan Linjardi faz parte de tudo isso.Parabéns a todos .

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