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Professores estaduais podem entrar em greve

De reivindicações de reajustes até protestos contra uso de IA na educação, pauta inclui várias demandas que podem gerar nova paralisação

18/04/2024 22h20 - Atualizado há 8 meses Publicado por: Redação
Professores estaduais podem entrar em greve Rawpick/Freepick/Agência Brasil

Os professores da rede estadual de ensino podem entrar em greve a partir da próxima semana. Será realizada, na próxima sexta-feira, 26 de abril, uma paralisação e uma assembleia na Praça da República em São Paulo a partir das 16h.

As principais reivindicações da categoria são: reajustes do piso nacional no salário base e os 10,15% bloqueados no STF; empregos, salários e direitos para a categoria O; estabilidade para a categoria F e para a categoria O; pagamento imediato do ALE; fim das plataformas digitais que oprimem os professores e prejudicam os estudantes; em defesa do IAMSPE, com qualidade de atendimento e verbas do Estado; não a corte de vergas da educação; não às escolas cívico-militares; convocação e efetivação de todos os aprovados no concurso; devolução do dinheiro confiscado dos aposentados e pensionistas.

De forma preparatória, a sub-sede da APEOESP (Sindicato dos Professores) realiza neste sábado, 20 de abril, a partir das 16h, uma reunião híbrida (presencial e virtual).  Na próxima quinta-feira haverá um ato às 9h no Hospital do Servidor Público Paulista às 9h. Um ônibus com professores que quiserem participar vai sair de São Carlos às 5h30. No dia 26, dia da assembleia estadual, um ônibus com os manifestantes sairá de São Carlos às 9h30.

Inscrição para um ou para os dois eventos pelo e-mail: [email protected] ou pelo ZAP 1699783-7679.

CAMPANHA DE ALIMENTOS

Buscando ajudar professores em situação financeira complicada, a APEOESP está realizando uma campanha para arrecadar e doar alimentos para estes profissionais. Segundo o sindicalista Ronaldo Motta existem milhares de professores dando aulas sem pagamento.

“Sabemos da dificuldade, como resultado da política do governo Tarcísio/Feder, para a destruição da educação com fechamentos de salas de aulas; precarização das contratações de temporários; e o processo de atribuição autoritária, injusta e não transparente. Por tudo isso estamos fazendo campanha de solidariedade com doações de cestas básicas e gêneros alimentícios”, diz a entidade.

 

POLÊMICA

São Paulo quer usar IA para elaborar aulas digitais

O governo de São Paulo planeja utilizar inteligência artificial, como o ChatGPT, para a elaboração de aulas digitais ofertadas aos alunos da rede pública de ensino. O governador Tarcísio de Freitas disse que a ferramenta será um “facilitador” na produção das aulas, e negou que irá substituir o papel do professor em sala de aula.

“Acho que as ferramentas estão aí e a gente tem que usar a tecnologia para facilitar a nossa missão. A gente não pode deixar de usar a tecnologia por preconceito, por qualquer razão. Obviamente, tem que usar a tecnologia com parcimônia, tem que usar com todas as reservas que são necessárias”, disse o governador ao participar de evento nesta quarta-feira (17).

Segundo ele, os conteúdos a serem elaborados pela inteligência artificial terão de passar pelo aval dos professores antes de serem entregues aos estudantes.

“Você pode usar uma ferramenta que pode facilitar o esforço inicial, mas isso vai passar pela revisão, vai passar pelo olhar, vai passar pela inteligência dos nossos professores. Nós temos excelentes conteudistas, nós temos excelentes profissionais. Eu acredito muito na melhoria da qualidade do ensino”, acrescentou.

No ano passado, o governo paulista enfrentou problemas com os materiais digitais escolares. Na ocasião, foram encontrados graves erros factuais nos slides, usados pela rede estadual de educação. A Justiça de São Paulo chegou a suspender a distribuição dos conteúdos.

Em um dos trechos, era dito que, em 1888, Dom Pedro II assinou a Lei Áurea, quando, na verdade, a lei que encerrou a escravidão institucionalizada no Brasil foi assinada pela filha do monarca, a Princesa Isabel. Em outro trecho, era dito, também de forma equivocada, que o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade são transmissíveis pela água.

SINDICATO DOS PROFESSORES

Professores estaduais criticaram o projeto de uso do ChatGPT na produção de conteúdo digital. A segunda presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, Professora Bebel (PT), argumenta “que as tecnologias e informação e comunicação (TICs) são ferramentas auxiliares no processo educativo e jamais podem substituir o trabalho do professor”.

Em nota, a parlamentar informou ter protocolado uma representação no Ministério Público Estadual contra a iniciativa.  O uso do ChatGPT na produção de conteúdo das aulas digitais é uma das pautas de assembleia da categoria, convocada para 26 de abril.  (Com informações da TV Brasil e Agência Brasil)

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