Um convênio assinado nesta sexta-feira, 30/09, entre as secretarias de Segurança Pública e Educação permitirá a gradativa ampliação da abrangência do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) para todas as 5.271 das escolas estaduais. Hoje o programa está implantado em 30% das escolas. Além da rede estadual, o Proerd hoje atende alunos das redes municipais e particulares.
O convênio vai simplificar a implantação do Proerd. A tramitação dos projetos de inclusão das escolas no programa será centralizada na Secretaria da Educação. Até hoje, o comandante policial de cada região apresentava um protocolo de intenção ao diretor da unidade escolar e aguardava a aprovação.
Em 2010, foram atendidas 5.800 escolas (20% da rede particular, 30% da Estadual e 50% da municipal – maioria no atendimento devido ao processo de municipalização do ensino fundamental) em 470 municípios do Estado. O Governo do Estado investe R$ 700 mil por ano no Proerd.
Sala de aula –
O programa é aplicado com estratégias preventivas que reforçam os fatores de proteção. Os professores dão apoio aos instrutores em sala de aula. Também são aplicadas aulas de visitação para crianças da Pré-Escola, 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino fundamental, bem como palestras sobre o assunto para o ensino médio.
As lições do programa são transmitidas em aulas dinâmicas e divertidas, com apoio em atividades interativas e numa cartilha estruturada com linguagem apropriada para a idade. Os alunos são levados a entender e melhorar sua realidade social.
O programa de aulas baseia-se em 10 lições para alunos de 4ª a 7ª séries e em cinco encontros entre pais e professores. As aulas duram de 45 a 60 minutos, e são dadas uma vez por semana. O programa se inspira na técnica americana Drug Abuse Resistance Education (D.A.R.E. – sigla utilizada de propósito, pois o verbo “to dare” significa “ousar”, em português).
O corpo de instrutores do Proerd é formado por 500 policiais militares especialmente treinados para dar aulas. Eles têm a missão de orientar e conscientizar os jovens sobre os efeitos provocados pela dependência de substâncias químicas lícitas (tabaco e álcool) ou ilícitas.
Os últimos dados estatísticos apontam que o programa atendeu 5.578 escolas e mais de 6 milhões de jovens em todo o estado. “Considero o Proerd um grande programa e acredito que esse é um primeiro passo para mudar o jovem que está na escola”, afirmou Herman Jacobus Cornelis Voorwald, secretario da Educação.
Policial professor – Para se tornar instrutor do Proerd, o policial deve ter os seguintes pré-requisitos: no mínimo dois anos de atividades policiais, ter concluído o ensino médio, ter facilidade de expressão, não ser fumante, não consumir bebida alcoólica, ser aprovado nos exames e não estar respondendo a processo criminal ou administrativo.
Depois de aprovado no exame de seleção, o policial faz um curso de formação e passa por uma banca examinadora. Só depois é que passa a fazer parte do corpo de instrutores.
“O Proerd vem colhendo sucessivos êxitos ao longo dos anos, no exercício eloquente de polícia comunitária”, afirmou o secretário da segurança pública Antonio Ferreira Pinto, ao lembrar que o programa, desde 1993, já atendeu 6.153.452 alunos.{jcomments on}