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Promotoria realiza audiência pública

Inquéritos contra o SAAE investigam a perda de água tratada e qualidade da água

21/08/2024 00h11 - Atualizado há 4 semanas Publicado por: Redação
Promotoria realiza audiência pública Foto: Córrego do Espraiado: problemas ambientais serão discutidos durante o evento de hoje Foto: Divulgação

Marco Rogério

O Ministério Público do Estado de São Paulo, através de seus promotores de São Carlos realiza hoje, a partir das 18h, na Escola Estadual Adu Kemel Dibo, no Jardim dos Coqueiros, na Zona Leste, uma audiência pública com a presença de dirigentes do SAAE e ativistas ambientais, para se debater a qualidade da água em São Carlos.

Foi realizado um diagnóstico pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de São Carlos – DCAm (Diagnóstico Ambiental Participativo: captação de água do Espraiado que foi anexado ao Inquérito Civil 2021, que tem apurado medidas necessárias à preservação do entorno dos locais de captação de água do SAAE de São Carlos no Córrego do Monjolinho e no Ribeirão Feijão.

Foi apresentado resultado de análises em oito pontos de coleta nos Córregos Ponte de Tábua e São Rafael – De acordo com as análises, dois pontos (um Córrego São Rafael, próximo à Fazenda Dois Portões), o outro no Córrego Ponte de Tábua, Av. Dr. Aurélio Catani) foram considerados “pontos críticos” por altas concentrações de coliformes fecais.

Segundo informações de fontes ligadas à UFSCar, as visitas técnicas mostraram as irregularidades: drenagem deficitária das águas pluviais da rodovia Washington Luiz resultando em vários pontos a erosão com acúmulo de resíduos / assoreamento dos córrego; pressão antrópica observada está relacionada ao seu uso e ocupação; cultivo de cana-de-açúcar e hortaliças na APP; depósito de resíduos sólidos recicláveis – aumento de áreas loteadas contíguas à APP; atividade agropastoril na APP;  desmatamento, supressão e fragmentação da vegetação em vários trecho  próximos à APP ocorre também muitos descartes.

Os dois principais inquéritos contra o SAAE são o que investiga a perda de água tratada na rede de distribuição (cerca de 40%) e o que investiga a qualidade da água nas captações superficiais. Foi constatado que a água chega limpa até a junção do Monjolinho com o Córrego Ponte de Tábua e depois fica muito suja, quase esgoto puro.

 

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