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Prostituição continua na Baixada do Mercado

20/04/2012 08h37 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Prostituição continua na Baixada do Mercado

Um dia após a Folha de São Paulo publicar uma matéria sobre a prostituição na região central e a Guarda Municipal agir de forma mais efetiva, as garotas de programas continuavam pela Baixada do Mercado, aliciando principalmente idosos. A reportagem do Primeira Página esteve no local e conversou com prostitutas e lojistas.

Revoltada com a ação da PM e da Guarda Municipal, Beatriz, 22, afirmou que policiais foram brutos ao retirá-las da Praça do Mercado. As garotas se concentravam em lanchonetes e esquinas do quadrilátero do Mercadão. “Se a gente sair, outras vêm no nosso lugar”, afirmou.

Já Soraia, 38, afirmou que procura os homens mais velhos, pois é mais fácil ganhar dinheiro com eles. “Aqui é bom porque tem muito velho, e tirar dinheiro deles, tirar um ‘cinquentinha’ deles é mais fácil. A gente não precisa fazer nada”, disse. A reportagem observou em 40 minutos que ficou na região da Baixada do Mercado que os homens idosos procuram as prostitutas para programas sexuais.

“Eles querem um agradinho, um carinho e pagam bem por isso”, afirmou Mariele, que também faz programa na região. Ela afirmou que sem a pressão da polícia em um dia consegue faturar mais de R$ 500,00, ou seja, são 10 programas em um dia, ao preço de R$ 50,00.

Porém para alguns clientes que elas julgam ser diferenciados o valor aumenta para até R$ 80,00. As três garotas que aceitaram falar com a reportagem contaram que são de Rio Claro e estão na cidade há pouco mais de duas semanas.

A ABORDAGEM – A abordagem acontece dentro do Mercado Municipal, na praça e nas ruas próximas. Em 2006 a imprensa de São Carlos já havia relatado o caso de garotas de programas dentro do Mercado, inclusive utilizando os banheiros do prédio para realizarem rápidos programas. Hoje, porém, com o aumento da fiscalização, a situação foi banida e novos locais são utilizados para os programas sexuais.

AS PENSÕES – De acordo com as prostitutas, depois de fechar um programa, que custa R$ 50,00 meia hora, elas levam seus clientes para pensões nas ruas Geminiano Costa e José Bonifácio. Uma casa próxima ao Mercadão também é utilizada como local de programa, afirmou uma das garotas. “O cliente paga o aluguel do quarto, esse é o combinado”, disse Mariele.

A reportagem do Primeira Página esteve em uma das pensões, mas ninguém quis falar sobre o assunto, os donos apenas negaram que alugam os quartos para programas sexuais.

PREFEITURA – De acordo com o secretário municipal de Governo, João Batista Muller, a prefeitura está agindo com mais rigor e a fiscalização será concentrada nas casas ou pensões que alugam o espaço para a prática sexual. “A prostituição não é crime, porém estas pensões serão fiscalizadas porque não podem alugar o espaço para esta finalidade”, explica.

De acordo com Muller, o problema da prostituição tanto na região do Mercado Municipal como também na avenida Getúlio Vargas foi debatido no último encontro do Grupo Integrado de Segurança e ações estão sendo preparadas pela prefeitura. “É uma questão social e também de saúde. Estamos preparando uma forma de a Assistência Social participar, conversar com estas garotas. Além disso, tenho a informação que em São Carlos o número de idosos com Aids vem aumentado. Então também é um caso de saúde pública. Vamos agir em todos os sentidos”, explicou.

Segundo comerciantes, o problema vem se agravando nos últimos anos e a grande preocupação é a possível queda nas vendas e diminuição do fluxo de pessoas, uma vez que mulheres são confundidas com garotas de programa, gerando assim um constrangimento para cliente e comerciantes.

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