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SAAE é denunciado no Ministério Público

Salários altos da autarquia constam no objeto da ação

24/09/2020 06h05 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
SAAE é denunciado no Ministério Público Foto: Divulgação

Durante a sessão ordinária desta última terça-feira (22), o vereador Daniel Lima (PSB) apontou uma série de incongruências praticadas pela administração do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). “Houve uma situação pessoal no condomínio em que moro e conversando com o servidor do SAAE, ele me informou que só havia dois funcionários para resolver este problema de vazamentos”, reportou o parlamentar. “Fiquei muito espantado com este relato, pois São Carlos possui cerca de 113 mil ligações de água, o que torna esta operação impossível para o efetivo de duas pessoas”, complementou. O pessebista já solicitou um amplo processo de investigação junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) e ao Tribunal de Contal do Estado de São Paulo (TCE).

Ao requerer informações complementares da autarquia, Daniel constatou que a folha salarial não corresponde à realidade econômica do País afirmando que nenhum servidor público pode apresentar remuneração superior ao prefeito. O presidente da autarquia, Benedito Carlos Marchezin, recebeu em agosto desse ano R$ 36.444,00 (com o 13º). Sem o 13º são R$ 30.075,00 mensais recebidos, o que equivale, ao longo de 4 anos, um recebimento bruto na ordem de quase R$ 1,5 milhão (contabilizados recolhimentos), quase dobrando esse valor. “O Plano de Reestruturação de 2007 foi extremamente prejudicial para a saúde financeira do município, sendo que um operador de Casa de Bombas ganha R$ 12.652,00”, expôs o edil. “Onde na iniciativa privada existe esta distorção de cargos e salários? ”, indagou. Ele também descreveu os salários de R$ 12.586,00 de motorista, R$ 10.839,00 encanador, R$ 16.598,00 telefonista e R$ 12.152,00 assistente administrativo.

Ausência de Planejamento

Na opinião do vereador, o SAAE precisa de um novo modelo de gestão conclamando que os atuais prefeituráveis apresentem um detalhado projeto de modernização durante esta campanha eleitoral. Daniel ratifica que a autarquia gastou no ano de 2019, mais de R$ 23 milhões com energia elétrica, sendo que poderia haver um planejamento de investimento em energia fotovoltaica, que além da sustentabilidade possui um custo bem inferior ao de rede de transmissão. Outra meta seria uma minuciosa readequação no processo de recursos hídricos para os próximos 10 anos contemplando troca de bombas, atualização dos tubos, requalificação dos filtros e ampliação das estações de tratamento de água (CEAT e Carlos Botelho). “O Marchezin disse na minha cara que não possui nenhum projeto de recursos hídricos”, lamentou o parlamentar, solicitando também, uma nova política de cargos e salários para novos servidores e um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para estimular a saída dos aposentados. “Alguns modelos de gestão e realidades precisam ser encaradas, pois como estamos caminhando hoje, o futuro que bate à nossa porta é obscuro”, concluiu. Ele avalia que ainda é cedo para o município caminhar rumo a um processo de privatização.

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