Santa Casa assina convênio para cirurgias eletivas
A Secretaria de Saúde e a Santa Casa de São Carlos assinam na segunda-feira acordo para realizar as 3 mil cirurgias eletivas. O convênio entre o hospital e o município terá como recurso os R$ 9 milhões remanejados do Orçamento da cidade para o custeio das operações.
No final da tarde de ontem, o secretário de Saúde, Edilson Seraphim Abrantes, afirmou que assim que for assinado o convênio, no dia seguinte começam as cirurgias. “Já temos inclusive operações marcadas para a terça-feira”, relatou.
O provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, já havia informado que o hospital tem capacidade para atender a todas as cirurgias. Segundo ele, os leitos, virão do bloco destinado a pacientes de convênio médico e particulares. “Um planejamento logístico irá aumentar a capacidade de acolhimento do hospital”, disse.
Entre as operações que serão realizadas estão as de hérnia e vesícula, além de procedimentos das áreas de ginecologia, pediatria, cirurgia plástica, ortopedia e otorrinolaringologia.
As cirurgias eletivas – aquelas que não são emergenciais – são pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e com a lista consolidada as especialidades definidas serão atendidas pelo mutirão, afirmou Abrantes.
O secretário informou, contudo, que os médicos vão trabalhar dentro da tabela preconizada pela Associação Médica Brasileira (AMB) que estabelece o índice de 0,43 como fator de multiplicação. Se uma cirurgia de varizes tem estabelecida pelo SUS que equivale a 800 no Código de Honorários (CH), este número será multiplicado pelo índice de 0,43 para se ter o valor em reais da cirurgia.
“É dentro desse cálculo que iremos verificar o valor total dos procedimentos e quanto será preciso utilizar dos R$ 9 milhões do orçamento municipal para completar o valor das cirurgias”, afirmou Abrantes.
Ao Primeira Página, o provedor Morillas disse que pretende dobrar a capacidade de leitos de 32 para perto de 60, otimizando os dias e horários do centro cirúrgico. “Temos horários durante a semana e finais de semana em que o centro fica ocioso. Estamos montando uma operação de guerra, no bom sentido, para que elas sejam feitas de manhã, permitindo que à tarde e à noite as pessoas já possam ser liberadas e, no caso de cirurgias mais complexas, elas possam ser internadas nos leitos que estamos preparando”, disse Morillas.
Também entram na lista as cirurgias oftalmológicas, algumas delas realizadas no “Mutirão da Catarata”, que já ocorrem na Santa Casa. Desse montante, perto de 220 pacientes já foram operados há duas semanas. Ao todo, ainda há 800 pessoas na lista para os procedimentos de correção nos olhos, número que, somado à demanda por outras cirurgias, chega a 3 mil operações.
tenho pra mim que esses 9 milhões são para cobrir buraco e não para novas cirurgias.
SSó acredito com provas.