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Santa Casa projeta dobrar leitos para cirurgias eletivas

19/01/2013 11h29 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Santa Casa projeta dobrar leitos para cirurgias eletivas

Reunião entre a equipe da Secretaria de Saúde de São Carlos e a provedoria da Santa Casa de Misericórdia nesta última semana definiu que o hospital irá dobrar o número de leitos de 32 para perto de 60 para atender os pacientes das cirurgias eletivas que estão na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Os leitos, segundo o provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Junior virão do bloco destinado a pacientes de convênio médico e particulares. Ele afirmou que um planejamento logístico irá aumentar a capacidade de acolhimento do hospital. “Temos condição de realizar todas as cirurgias”, afirmou.

De acordo com o secretário de Saúde de São Carlos, Edilson Seraphim Abrantes, o trabalho de entrar em contato com cada paciente e ver qual é a situação de cada pendência cirúrgica se iniciou nesta última semana. “Uma equipe dentro do Centro de Especialidades (Ceme) está fazendo o contato com os pacientes para identificar se a cirurgia ainda está pendente ou se já foi feita via convênio médico ou particular”, relatou.

O primeiro levantamento da Secretaria de Saúde mostra que estão paralisados no SUS, em São Carlos, 2.999 procedimentos, segundo cálculos do próprio secretário. As cirurgias eletivas não são consideradas de emergência, pois o paciente, em tese, não corre risco de morte.

Abrantes avaliou a primeira reunião da equipe da secretaria com a Santa Casa como proveitosa, o que lhe deu a segurança de iniciar antes do previsto o mutirão para diminuir o número de cirurgias eletivas. “Espero poder iniciar antes do fim do mês”, disse.

Na Santa Casa, são destinados ao SUS 202 leitos para o pré e pós-operatório, incluindo nesse lote as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e pediatria. Para cirurgias são 32 leitos.

Abrantes afirmou, contudo, que entre as cirurgias, próximo de 112 eram oncológicas e que mais da metade já foi realizada pela equipe da Santa Casa. O secretário e a administração da Santa Casa estudam a forma de otimizar horários fora do usual, como feriados e finais de semana, para realizar as cirurgias e poder contar com as vagas necessárias. “Esse planejamento tem de ser feito junto com o hospital, já que envolve profissionais fora do horário de trabalho”, relatou.

Entretanto, o secretário de Saúde voltou a reforçar que caso não tenha as vagas necessárias para as cirurgias eletivas na Santa Casa, irá buscar acordos com hospitais particulares como a Casa de Saúde e os hospitais estaduais de Jaú e Américo Brasiliense. Questionado se o transporte do paciente não poderia aumentar o custo das cirurgias, Abrantes afirmou que não traria “grandes reflexos” ao custo final. “Mas o ideal é que os pacientes façam a cirurgia próximo da família, viajar será o último recurso”, declarou.

Abrantes estima realizar perto de 300 cirurgias por mês e projeta novembro para dar fim a lista de espera. No seu primeiro discurso em dezembro, quando foi anunciado para o comando da pasta de saúde, a estimativa para realizar as cirurgias eletivas foi fixada em três meses. Para o início do mutirão já foram deslocados para a pasta de Saúde R$ 9 milhões do Orçamento da cidade para o custeio das operações.

Entretanto, o secretário afirmou que não tem o custo exato das cirurgias via tabela SUS, já que cada caso é um caso, como ele salientou. “Os R$ 9 milhões do Orçamento municipal serão para complementar os custos dessas cirurgias, caso excedam o valor coberto pelo SUS”.

 

 

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