São Carlos não participa do ‘Município Verde Azul’
Na última segunda-feira (2), o governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, divulgaram o ranking ambiental dos municípios paulistas de 2011. Ao todo, 158 cidades receberam o certificado Município Verde Azul. São Carlos, no entanto, não está entre elas.
Lançado em junho de 2007, o programa Município Verde Azul, do Governo do Estado, confere um selo de reconhecimento às cidades paulistas de acordo com suas ações em 10 diretrizes: tratamento de esgoto, gestão de resíduos sólidos, recuperação de mata ciliar, arborização urbana, educação ambiental, uso da água, habitação sustentável, qualidade do ar, estrutura executiva e conselho municipal de meio ambiente.
A avaliação varia de zero a 100 e o Certificado Verde Azul é concedido às cidades que obtiverem, no mínimo, nota 80 em quesitos ambientais. São Carlos atingiu a 587ª posição no ranking, com uma nota de 9,8, enquanto Araraquara, por exemplo, conquistou pelo terceiro ano consecutivo o Certificado de Município Verde Azul, alcançando a 13ª posição, já que obteve nota 93,08 na avaliação. Repetindo o feito de 2010, Araraquara também recebeu o prêmio Franco Montoro, que considera as políticas ambientais desenvolvidas nos municípios para preservação da Bacia, obtendo o 1º lugar entre os 34 municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré.
O coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura, Paulo Mancini, informou, através de nota enviada à imprensa, que São Carlos não participou da 4ª edição do Programa Município Verde Azul Paulista do Governo do Estado São Paulo, cujo prazo para entrega de documentos e informações encerrou-se no dia 23 de janeiro de 2012.
Segundo Mancini, o programa é uma boa iniciativa para fomentar melhorias na gestão pública das cidades paulistas. No entanto, em 2011 a Prefeitura de São Carlos teve que priorizar outras políticas estruturantes internas, como a implantação de uma rede de Ecopontos, a elaboração do Plano Municipal de Saneamento, estudos e investigações de passivos ambientais, licenciamento do novo aterro sanitário, dentre outras medidas, que não permitiram a aplicação de esforços para atender o Programa Município Verde Azul Paulista.
Ainda na mesma nota, o coordenador de Meio Ambiente afirmou que mesmo que louvável, o Programa Município Verde Azul Paulista, requer dos municípios esforços grandes em tarefas que resultam em poucos benefícios ambientais concretos; e, outras vezes, no desenvolvimento de ações que tem caráter meramente simbólico.
O gerente do programa, Mauro Haddad, afirma que grandes esforços são necessários para se atingir êxito nos indicadores ambientais resultantes do cumprimento das 10 diretrizes sugeridas pelo projeto Município Verde Azul. “Por isso, me parece evidente que isso incorra em avanços concretos na qualidade ambiental municipal e consequentemente na qualidade de vida do munícipe”, declara.