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São Carlos não tem local para descarte de lâmpadas florescentes

31/05/2012 09h05 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
São Carlos não tem local para descarte de lâmpadas florescentes

A falta de informação do descarte de lâmpadas fluorescentes acaba gerando medo em toda a população, pois objeto pode liberar uma substância tóxica ao homem, o mercúrio. Sua principal forma de contaminação é através da ingestão de alimentos contaminados. Quando instalada na circulação sanguínea, o mercúrio pode causar efeitos desastrosos, físicos e psicológicos, podendo levar até a morte.

A cidade de São Carlos não dispõe de nenhum serviço de coleta dessa material, deixando a população sem saber o que fazer com as lâmpadas queimadas. Esse é o caso do Colégio Interativo, que, segundo informações dos funcionários, já tentou fazer o recolhimento desse material junto à prefeitura, mas sem sucesso. “Temos muitas lâmpadas queimadas aqui. Tivemos que guardar no teto a boa parte delas”, informou o professor colégio Sebá.

Nem a prefeitura e nenhum outro órgão da cidade dispõem do serviço de coleta das lâmpadas fluorescentes para a população.

Em janeiro de 2011, a prefeitura de São Carlos obteve, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a licença para liberação do prédio em que operava o Instituto Médico Legal (IML), que é situado na avenida Salgado Filho, para a instalação de máquina utilizada na descontaminação de lâmpadas fluorescentes.

Na época, a Coordenadoria de Meio Ambiente da prefeitura estimou que no prazo de 60 dias as adaptações físicas do prédio e a concessão de licença de operação do equipamento seriam concedidos pela Cetesb.

A máquina, também chamada de “papa-lâmpadas”, que teve um custo R$ 30 mil aos cofres do município, tem como função descontaminar lâmpadas e armazenar os resíduos contaminantes, especialmente o mercúrio, está sem uso há mais de um ano devido a um atraso na concessão da licença do equipamento.

A prefeitura municipal informou que a concessão foi enviada pela CETESB na última sexta-feira (25), e que ainda não tem nenhuma estimativa de quando o sistema começará a funcionar, por conta da realização de adaptações físicas ao prédio do antigo IML.

Procurada pela equipe de reportagem do Jornal Primeira Página, a Cetesb declarou, através de nota, que a demora para emitir a concessão da licença de operação do equipamento se deu por conta dos tramites da documentação. Ainda em nota, a companhia informou que a licença foi concedida por um período de 180 dias, onde será feita uma avaliação, pela Cetesb, do sistema de controle de poluição do ar e do gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos no processamento das lâmpadas.

Ao término do prazo, a CETESB poderá conceder a licença de operação definitiva ou conceder novamente uma licença de operação precária.

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