São Carlos tem mais poupadores do que a média nacional

A procura está maior pela caderneta de poupança. De acordo com a superintendência regional de Piracicaba da Caixa Econômica Federal, à qual pertence o município de São Carlos, o banco tem sido destaque na captação de recursos em Poupança, com índices superiores à média nacional.  De janeiro a outubro de 2011 foi registrada uma captação líquida de R$185 milhões na região, um valor 27% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (R$145,5 milhões).

Segundo o administrador, professor e educador financeiro, Jônatas Rodrigues da Silva, antes da estabilidade econômica alcançada com o Plano Real o brasileiro tinha como hábito receber e gastar o mais rápido possível para a inflação não corroer o valor de compra. “Hoje vivemos uma estabilidade econômica e investir é uma opção”, afirma.

Os investimentos na caderneta de poupança têm um bom motivo que leva a seu crescimento. O dinheiro depositado na poupança é o investimento mais seguro que se pode fazer, é uma aplicação de renda fixa onde não se apresentam riscos. Porém, é uma aplicação de dinheiro sem rendimento.

“Vejo que o brasileiro investe em poupança pela facilidade, ele já tem conta corrente no banco e investir em poupança é fácil.” Diz sobre o motivo de crescimento de investimentos na caderneta de poupança.

“Investir é um hábito. Se preparar para uma velhice tranquila, economizando e investindo ao menos 10% do salário, deveria ser incentivado e ensinado nas escolas. O rico investe mais, pois tem uma consciência financeira melhor. O pobre, o pouco que investe não é visando a aposentadoria, e sim a compra de algum bem num futuro próximo”, observa o especialista.

Benedito Carlos de Oliveira poupa cerca 200 reais por mês, um investimento que já faz há 2 anos e meio, e diz o que pretende fazer com esse dinheiro no futuro. “A gente guarda um dinheirinho por mês para mais pra frente, se faltar, a gente ter aonde recorrer”.

Ele diz ainda que a segurança e as baixas taxas de encargos o motivaram a fazer a poupança. “A maioria das pessoas faz isso por segurança mesmo, é um fundo emergencial”, finaliza.

As taxas de juros, que geralmente são de apenas 0,5% a cada 30 dias e sofrem um acréscimo da taxa de juros de longo prazo de normalmente só 0,2%, acabam por não representar grande problema para as pessoas na hora de pôr dinheiro no banco.

 EDIÇÃO: Jeferson Vieira