São Carlos teve saldo positivo de 2.893 novos postos de trabalho
Movimento de vínculos formais de trabalho em dezembro de 2024 registrou mais desligamentos do que contratações no Brasil
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O movimento de vínculos formais de trabalho em dezembro de 2024 registrou mais desligamentos do que contratações no Brasil, região Sudeste, estado de São Paulo e em São Carlos.
A perda de postos no Brasil foi de 535.547. No Sudeste, 52,9% das perdas corresponderam a 283.401 contratos, com São Paulo respondendo por 67% dessas reduções (190.569 contratos). Em São Carlos, houve uma redução de 1.109 postos, representando 1,26% do estoque de 87.929 vínculos.
O setor de serviços foi o mais afetado. No Brasil, Sudeste e São Paulo, os segmentos de Administração, Defesa, Seguridade Social, Educação e Saúde lideraram as perdas. Em São Carlos, os setores mais impactados foram de Informação, Comunicação, Atividades Financeiras e Administração Pública.
O economista do Núcleo de Economia da ACISC, Elton Casagrande, explicou que a queda em dezembro é recorrente, mas o saldo anual é positivo. “Apesar da queda no fim do ano, 2024 teve saldo positivo de 2.893 novos postos de trabalho. O desafio é garantir mais estabilidade ao mercado de trabalho local”, analisou.
Os desligamentos atingiram principalmente trabalhadores experientes. Mais de 50% das reduções ocorreram entre profissionais com ensino médio e superior completos. No ensino superior, os mais afetados foram das Ciências e Artes; no ensino médio, os desligamentos ocorreram no segmento educacional, incluindo inspetores e secretários escolares.
Apesar da redução, São Carlos encerrou 2024 com um saldo positivo de 87.929 vínculos. O tempo médio de permanência no emprego caiu de 20,8 meses em 2023 para 19,1 meses em 2024. Os setores de serviços, comércio e indústria lideraram as movimentações de contratações e desligamentos no mercado de trabalho local.
A presidente da ACISC, Ivone Zanquim, falou sobre o saldo positivo de empregos. “O resultado de novos postos de trabalho gerados em 2024 é um reflexo do esforço contínuo da nossa economia local, mas também nos mostra que ainda há desafios pela frente. Precisamos focar na estabilidade e na qualificação da mão de obra para que possamos sustentar esse crescimento no longo prazo e garantir que os setores mais afetados pelos desligamentos, como o educacional, consigam se recuperar”, finalizou.