Saúde oferece atualização
Saúde proporciona atualização para médicos e enfermeiros sobre manejo clínico das arboviroses
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, ofereceu na última quarta-feira (22), uma atualização para médicos e enfermeiros da rede municipal de saúde sobre a classificação de risco e manejo clínico das arboviroses urbanas.
A live foi com o Dr. Leonardo Vinícius de Moraes, médico infectologista e com moderação de Denise Martins, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde. Participaram 90 profissionais da rede municipal.
“A Dengue deverá ser mais desafiadora em 2025, portanto a Secretaria de Saúde está centrada na organização da rede assistencial e nas medidas de prevenção. É um momento de alerta, de reforço do cuidado e vamos ter uma ação contínua e intensificada com o apoio do prefeito Netto Donato”, afirmou Denise Martins.
O médico infectologista falou da classificação de risco da Dengue que é feita de acordo com a presença de sinais de alerta e a gravidade da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide os casos de Dengue em três categorias: Dengue sem sinais de alerta (DSSA), Dengue com sinais de alerta (DCSA) e Dengue grave (DG). Os grupos de risco para a Dengue são: crianças até 2 anos, idosos com mais de 65 anos, gestantes, pessoas com comorbidades, como doenças crônicas e pessoas imunossuprimidos.
Os sinais de agravamento da dengue costumam aparecer entre o 3º e o 5º dia de infecção. Alguns dos sintomas são: vômitos frequentes, dor abdominal, manchas vermelhas na pele, dificuldade para comer. É importante procurar um médico logo no início dos sintomas para evitar que a doença evolua.
O segundo semestre do ano é o período em que as ações de prevenção das arboviroses devem ser implementadas para reduzir a transmissão durante os primeiros meses do ano seguinte, quando todas as condições climáticas são favoráveis ao aumento de casos. Nesse sentido, as ações contidas neste plano estão direcionadas para dois períodos distintos, o intersazonal e o sazonal.
Implementar novas tecnologias de controle vetorial, de maneira escalonada, considerando o perfil epidemiológico e a população sob risco; acompanhar de forma rigorosa os principais indicadores de vigilância e de assistência, capazes de permitir a detecção precoce de quaisquer alterações no padrão de ocorrência das arboviroses; fortalecer a capacidade de resposta integrada dos serviços da Rede de Atenção à Saúde, orientando a implementação de ações coordenadas para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis relacionados às arboviroses, garantir o abastecimento de insumos para diagnóstico, assistência e controle vetorial estão entre as ações propostas.
Já sobre o manejo clínico das arboviroses urbanas foi observada a hidratação, o uso de medicamentos e a identificação de sinais de alerta. É importante que o paciente não se automedique.
O Dr. Leonardo Vinícius de Moraes disse que é preciso manter a hidratação oral durante o período febril e por até 24 horas após a febre. Em casos de suspeita de Dengue, deve ser realizada a hidratação parenteral precoce, entre outras dicas como tomar antitérmicos e analgésicos, como dipirona ou paracetamol e tomar antieméticos, se necessário; tomar anti-histamínicos, se necessário.
“É importante que o paciente seja avaliado por um profissional de saúde, que poderá indicar os medicamentos mais adequados para o caso. Além do manejo clínico, é importante também adotar medidas de prevenção, como eliminar criadouros de mosquitos e usar repelentes”, alertou o médico, que também abordou o manejo clínico da Chikungunya, Zika e Febre Amarela.
Para o secretário de Saúde, Leandro Pilha, a importância das atualizações dos profissionais de saúde é imensa. “Elas garantem que os profissionais estejam atualizados com os avanços científicos, tecnológicos e metodológicos necessários para oferecer um atendimento de qualidade à população”.
DRONES
Desde maio de 2024 os Agentes de Endemias de São Carlos contam com uma nova arma para localizar possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Três drones realizam o trabalho de mapeamento em locais de difícil acesso. Com eles, toda a cidade e os distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia são mapeados. A coordenação de vetores indica os locais onde existem um maior número de casos suspeitos e confirmados, passa essa informação para a empresa dos drones, que realiza o mapeamento e envia diariamente um relatório com as imagens e local exato para a Vigilância Epidemiológica dos pontos identificados de possíveis criadouros e, com isso, são definidas as estratégias com os Agentes de Endemias, para os imóveis habitados ou fechados.
O acesso das imagens capturadas pelos drones é disponibilizado somente para as pessoas autorizadas pela Secretaria de Saúde, e o banco de imagens pode serve para futuras comparações dos possíveis locais de criadouro. Em média, serão mapeados 4 Km² por dia.
Neste momento a cidade registra 149 notificações para Dengue, com 39 casos descartados e 33 casos positivos, sendo os 33 autóctones, 77 ainda aguardam resultado de exame. Para Chikungunya, Zika e Febre Amarela até o momento não foi registrada nenhuma notificação.