Sem acordo entre Prefeitura e UFSCar, alunos de Medicina mantêm greve
A reunião entre vereadores, secretários e estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizada na manhã de desta quarta-feira, 24, acabou sem que fosse estipulada uma data para o envio do anteprojeto sobre a preceptoria à Câmara Municipal, o que dificulta o fim da greve.
A paralisação dos estudantes do curso de medicina da UFSCar deve se arrastar por pelo menos mais um mês. A informação é de um dos líderes do movimento, Yuri Zillig.
Ele disse que os alunos seguem aguardando a oficialização do acordo entre a instituição e a prefeitura, que vai regulamentar a disponibilização de médicos da rede de saúde para atuar como preceptores – que atendem pacientes enquanto também orientam universitários.
De acordo com a assessoria de imprensa da administração municipal, a intenção é “mandar o anteprojeto o quanto antes”, mas não é possível prever uma data porque, antes do envio, serão necessárias alterações como a mudança no plano de carreira dos médicos que dividirão seu tempo entre as consultas e a orientação dos universitários.
Em nota, a UFSCar cobra agilidade: “A universidade depende de a prefeitura submeter à Câmara o projeto de lei para regularizar as atividades de preceptoria”, disse a instituição de ensino.
Zillig afirmou que os estudantes só retornarão efetivamente aos estudos quando os médicos já estiverem recebendo, de fato, os alunos. “Depois de encaminhar o projeto, a UFSCar ainda precisa lançar o edital para que os profissionais se inscrevam. E tudo isso demanda um tempo ainda, uns 30 dias mais ou menos”, disse Zillig.
HISTÓRICO – A greve dos estudantes começou no dia 15 de março e completa 40 dias hoje. O protesto reivindica que a UFSCar e a prefeitura entrem num acordo para as aulas práticas, realizadas na rede municipal de saúde.
“Apesar da universidade ter reiterado algumas vezes a urgência da questão, até ontem (23) ainda não foi protocolada junto à Câmara a documentação referente à matéria”, afirmou a nota da instituição de ensino.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o projeto está sendo elaborado pelo Departamento Jurídico do município e a demora se deve a adequação do plano de carreira dos médicos.
Ainda segundo o município, o convênio precisa ser formalizado agora para não implicar em irregularidades no futuro.
Se não me engano a saúde da cidade era prioridade desse atual governo ( pelo menos no discurso) , o mais engraçado é que para dar cargos a câmara e a prefeitura são ageis e rapidos com a tal urgencia urgentissina mas para a saúde resolver uma pendenga facil a coisa é demorada.