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Sem dor depois da academia: “made in” São Carlos

17/11/2012 19h27 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Sem dor depois da academia: “made in” São Carlos

Um novo protótipo construído no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em colaboração com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), promete revolucionar, num futuro próximo, os tradicionais tratamentos das tão comuns fadigas musculares.

A “manta de infravermelho”, como foi batizada, surge como a evolução de equipamentos tradicionais utilizados para recuperar os músculos das dores causadas pela prática de exercícios físicos. O novo equipamento foi idealizado pelo pesquisador Cleber Ferraresi, e, sob orientação do docente do IFSC, Vanderlei Salvador Bagnato, e dos docentes da UFSCar, Nivaldo Antonio Parizotto e Euclides Matheucci Júnior, Cleber finalizou, este ano, um protótipo do aparelho.

A tecnologia utilizada na manta não difere muito daquela empregada nos aparelhos tradicionais presentes nas clínicas de fisioterapia. Contudo, a grande inovação diz respeito à potência, formato anatômico e rapidez que a manta oferece no tratamento de lesões musculares. Ela possui 50 pontos de irradiação, permitindo não só a inserção numa área maior do corpo, como também rapidez na aplicação: menos de um minuto. “Os aparelhos de laser/LEDs disponíveis atualmente no mercado e nas clínicas de fisioterapia possuem um único ponto de tratamento, tornando a terapia muito demorada e não padronizada, caso seja aplicada em grandes grupos musculares”, explica Cleber.

Por aumentar o metabolismo da célula muscular e sua disponibilidade de energia, o tratamento feito com a manta acelera a recuperação de lesões musculares, reduz a inflamação e o estresse oxidativo das células do músculo, decorrente dos exercícios físicos. “E tudo isso sem dor ou superaquecimento da pele do paciente”, conta Cleber.

Quando aplicada depois das atividades físicas, a manta oferece melhor adaptação do corpo aos exercícios. Mas, se aplicada de forma preventiva, ou seja, antes das atividades físicas, além de diminuir as microlesões dos músculos também aumenta o desempenho para realização de exercícios físicos.

Testes clínicos já foram iniciados, num primeiro momento somente com atletas, tendo em vista o fato de o Brasil servir de sede à próxima Copa do Mundo e Olimpíadas. No entanto, o tratamento pode ser utilizado por qualquer pessoa.

Até o momento, os resultados são muito promissores. Estudos devidamente randomizados e com tratamento placebo* mostraram que o uso da manta aumentou a potência muscular e a velocidade de corrida de atletas de futebol, além da carga de trabalho e área de secção transversa dos músculos da coxa (medido por ressonância magnética) de não atletas.

Não há previsão da produção da manta em grande escala, mas sua patente já foi depositada em agosto do ano passado.

Embora com o protótipo concluído, Cleber conta que continua trabalhando no aprimoramento da manta e afirma que muito em breve aparecerão resultados ainda melhores. Porém, se depender da disposição do pesquisador, nossos atletas terão um “empurrãozinho” a mais para se destacarem nas próximas competições esportivas, sejam elas dentro ou fora de casa.

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