Universidades de São Carlos vencem Prêmio Jabuti
Professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) ganham o 54° Prêmio Jabuti 2012, nas categorias de Ciências Exatas e Tecnologia e Informática. O prêmio agrega o potencial de crescimento dos campi da UFSCar, uma universidade em ascensão.
Os livros vencedores foram “Química medicinal: métodos e fundamentos em planejamento de fármacos”, publicado pela Editora da USP (Edusp), ganhando o Jabuti de Prata na área de Ciências Exatas. E “Inteligência Artificial: uma abordagem de aprendizado de máquina” conquistou o 1° lugar na categoria Tecnologia e Informática.
O Prêmio Jabuti, criado em 1958, sempre foi voltado para área de literatura. Após essa origem, é que as áreas das ciências exatas, biológicas e tecnológicas foram introduzidas. “Depois que o prêmio começou a abrir espaço para a área de exatas, nós profissionais passamos a mandar os livros para eles”, diz a professora do Departamento de Química da UFSCar, Arlene Corrêa, que é uma das participantes do livro sobre química medicinal. Ela explica que para concorrer ao prêmio os próprios responsáveis pelo livro, autores ou editoras, é quem o mandam. Uma taxa é paga no ato da inscrição, que vai para análise e depois à seleção.
Katti Faceli, coordenadora e professora do curso de bacharelado em Ciências da Computação e do Programa de Pós-graduação da mesma área na UFSCar/Sorocaba, e é responsável pela co-autoria do livro que vendeu em 1° lugar na área de Tecnologia e Informática. Para Katti o prêmio significa reconhecimento da dedicação e do trabalho realizando e da importância da colaboração entre docentes de várias instituições para fazer trabalhos significativos. “Também vejo o prêmio como estimulo aos nossos alunos. Que se sentem extremamente motivados, tanto nos seus estudos quanto para investir em uma carreira de pesquisa na área”.
A Edusp e a Editora da UFSCar pegam todos os seus livros e mandam para concorrer ao prêmio. “Em 2009 nós ganhamos o primeiro prêmio que foi com um livro que eu organizei sobre química verde”, fala Arlene. Ela ressalta a importância de ganhar um prêmio reconhecido pela Academia Brasileira, tanto para as editoras quanto para os autores. “Esse ano o prêmio de prata e de bronze são da editora da USP”, afirma. A professora Katti diz que foram cerca de 3 anos no planejamento do livro, que além de reconhecimento nacional, “vem contribuindo muito nas pesquisas do departamento, que tornou-se fonte de informação básica para nossos alunos”.
Sobre os livros
“Inteligência Artificial: uma abordagem de aprendizado de máquina” – trata-se de uma apresentação didática de conceitos e técnicas sobre o aprendizado de máquina, ilustrando alguns temas recentes que vem sendo alvo de pesquisas na área e apresenta aplicações do potencial das técnicas apresentadas.
Público alvo: professores e alunos da área. Pode servir de guia para os docentes na organização de suas aulas na área, mas é principalmente voltado para alunos estudando o tema, tanto na graduação quanto em cursos de pós-graduação.
“Química medicinal: métodos e fundamentos em planejamento de fármacos” – discuti acerca de trabalhos que levam ao desenvolvimento de novos medicamentos. O livro não é uma reunião de pesquisas dos professores, no geral, são capítulos mais amplos que cobrem a área de química medicinal. Foi organizado pelo professor Carlos Alberto Montanari, do Departamento de Química e Física Molecular do Instituto de Química de São Carlos, da USP.
Público alvo: farmacêuticos, químicos, bioquímicos, médicos e biólogos.
