Batuca na Bituca lança álbum homônimo
Banda revela com originalidade um indie rock envolto no samba e MPB
A banda Batuca na Bituca lança hoje seu primeiro álbum com título homônimo – já disponível nos principais tocadores de áudio. O disco, que traz 11 faixas autorais, passeia por diversos estilos musicais, apresentando o criativo mosaico estético que constitui a identidade do grupo gaúcho. A produção musical é de Poejo, que é também o baixista da Batuca na Bituca.
Neste debut, a Batuca na Bituca revela uma profusão de referências ao unir o indie rock à MPB, ao samba, à bossa nova, ao xote e ao baião. Com ecos do movimento tropicalista, o grupo formado por Julia Tavares (vocalista), Lucas Nunes (guitarrista), Lucas Almeida (guitarrista) e Poejo (baixista) olha com carinho o Vale do Paranhana, o Vale dos Sinos e a região metropolitana de Porto Alegre, lugares de fundamento da banda e de seus integrantes.
A mistura musical da Batuca na Bituca
Lucas Nunes, guitarrista da Batuca na Bituca, discorre sobre os rumos tomados pelo grupo ao longo do processo criativo do álbum. “Os caminhos estéticos que exploramos não são fruto de uma busca por uma sonoridade específica, mas sim o resultado natural das nossas experiências musicais e da sensibilidade de cada um na banda”, ele continua. “Como se a música nos conduzisse para os caminhos necessários – e não o contrário. O que nos guia na criação dos arranjos é a percepção individual de cada música e a necessidade de fazer com que ela sofra uma transformação que respeite e potencialize sua essência”.As canções de “Batuca na Bituca” foram compostas entre os anos de 2017 e 2023 e apresentam temas inerentes à existência humana: a relação com o espaço em que se vive e a passagem do tempo, o saudosismo, a vida cotidiana e as conexões – consigo e com os outros.
“Todos os compositores da banda têm uma sensibilidade aflorada e um apreço importante sobre o momento presente, justamente por saber que tudo é efêmero e que aquele ciclo ou aquele instante que estamos vivendo não vai se repetir, pelo menos não da mesma forma. É talvez um registro de como éramos no momento da composição, onde morávamos, que lugares frequentávamos e como enxergávamos o mundo”, aponta o outro guitarrista da banda, Lucas Almeida.A vocalista Julia Tavares explica os direcionamentos vocais adotados em “Batuca na Bituca”, que traz uma presença notável de coros do grupo, em especial no prelúdio e na faixa “Além do Eu”. “O álbum foi construído para que as músicas se relacionassem. Então dividimos uma mesma composição em duas partes para que, quem escute o álbum na ordem (é nossa sugestão), tenha essa percepção do fim se transformando no começo, numa analogia à vida.”
A conexão e o encontro atravessam não só o processo de composição das canções, mas o processo vivido em todo o percurso de produção do disco. Por se tratar de um projeto coletivo a conexão entre os quatro integrantes (e compositores), foi imprescindível para que as referências individuais conversassem entre si e refletissem a essência experimental do grupo.
“Esse trabalho é uma espécie de celebração do estado de presença, de conexão genuína com os momentos especiais que temos a possibilidade de viver”, refletiu Poejo, baixista do grupo.
Batuca na Bituca
Batuca na Bituca é uma banda de pop rock alternativo fundada no interior do Rio Grande do Sul. A estreia autoral aconteceu em 2017 com o lançamento do EP “Acalanto para o Mundo Moderno” e em 2018 a banda lançou o single “Mormaço de Outubro”, faixa com influência da MPB e música urbana. Em 2024 a Batuca na Bituca lançou os singles “Todos os Milagres que Fiz Nascer”, “Samba da Euforia” e “Laranjeiras”, canções que abrem caminho para uma nova fase do grupo e fazem parte do primeiro álbum de estúdio, “Batuca na Bituca”, lançado por completo em fevereiro de 2025.
