Curso propõe encontro com produções artísticas e trocas de experiências
A Oficina Cultural Sergio Buarque de Holanda tem buscado mostrar à população são-carlense que a cidade possui um local específico para as manifestações culturais e a importância de um espaço como este. Eles disponibilizam diversas oficinas, todas gratuitas, e oferecem a casa para ensaios, exposições e apresentações.
Este ano, o teatro será um tema bastante abordado pela Oficina Cultural. De acordo com Juliana Tessarin, produtora cultural, serão colocadas em prática atividades com o objetivo de incentivar a arte teatral.
O primeiro curso deste ano será a Oficina de Iniciação Teatral, ministrada por Fernando Cruz. As aulas vão de 17 de janeiro a 27 de março, todas às terças feiras, das 18h45 às 21h45. As inscrições para este curso terminam no dia 15 de janeiro e são 30 vagas para iniciantes a partir de 14 anos.
Segundo Fernando, o curso tem como principal objetivo o despertar para as novas possibilidades de atuação do corpo criativo de cada participante. Investigar novas possibilidades que esse corpo proporciona, tudo diferente dos usuais movimentos do dia a dia. Um cuidado maior com o corpo, um novo olhar. “Esse redescobrimento do próprio corpo é inerente do fazer teatral e reflete indubitavelmente no dia a dia de cada um”, analisa. “A produção de cenas e o contato direto com os elementos do teatro como voz, interpretação, dramaturgia, figurino, cenografia, iluminação, estarão presentes em todos os encontros, potencializados com jogos teatrais e criação cênica”.
Como principal objetivo o curso propõe um grande encontro com o teatro, produções artísticas e trocas de experiências entre os presentes no curso.
“O teatro não está na indústria do entretenimento, nem tampouco nas linhas de produções ditas artísticas a qualquer preço e a qualquer prazo. Teatro é artesanato. É sensibilidade. É um espaço no qual as pessoas exercitam os poderes da alma, brincam inteligentemente com seus corpos, cria-se novos olhares, junta-se novas cores”, opina Cruz, que completa: “Por isso o teatro ainda é necessário. Precisamos respirar poesia muitas vezes, o que liberta nossos corpos do mecanicismo do dia a dia, da busca incessante por dinheiro para pagar as contas. Fazer teatro é respirar novos ares, descobrir novas coisas dentro da gente a cada encontro”.