Democratização cultural e inovação marcam os 74 anos da TV brasileira
Presente em 95% dos lares brasileiros, a televisão passou por inúmeras transformações
Desde sua estreia com a TV Tupi, em 1950, a televisão está presente na vida dos brasileiros. No dia 11 de agosto é comemorado o Dia da TV Brasileira, data em homenagem a Santa Clara de Assis, padroeira da televisão. A celebração é uma oportunidade de refletir sobre a trajetória e o futuro deste veículo de comunicação.
No Brasil, a televisão passou por inúmeras transformações tecnológicas. Inicialmente, com transmissões em preto e branco, a TV evoluiu rapidamente para as imagens em cores na década de 1970 com o sistema PAL-M. A introdução da televisão digital em 2007 marcou um ponto de virada, proporcionando vídeo em alta definição, som surround e a capacidade de recepção móvel.
Mas desde de sua primeira transmissão a televisão tem sido uma força poderosa na transformação da cultura e da sociedade brasileira, como explica Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC).
“A TV democratizou o acesso à informação e ao entretenimento. É muito nítido que a TV brasileira sempre foi inovadora, seja por meio das novelas que abordam temas sociais relevantes, seja por meio de programas educativos que chegaram a milhões de lares. A televisão moldou nossa forma de ver o mundo, de nos conectar uns com os outros e de entender nossa própria identidade como nação”, afirma.
Sobre a celebração do dia 11 de agosto, a secretária complementou. “Esta data é crucial para reconhecermos o papel fundamental da televisão na construção da identidade cultural brasileira, promovendo a diversidade e dando voz a diferentes segmentos da sociedade”, afirmou.
Mesmo com o avanço das plataformas de streaming, a TV aberta continua a ser uma presença constante nos lares brasileiros, oferecendo conteúdo acessível e gratuito. Ainda segundo a secretária do Audiovisual do MinC, o futuro da TV no Brasil está sendo moldado por diversas tendências tecnológicas e comportamentais.
“A digitalização e o streaming estão transformando a maneira como consumimos conteúdo. A interatividade e a personalização dos programas, a partir de dados de audiência, estão criando experiências mais engajadoras para os telespectadores. Além disso, a produção de conteúdo original e a valorização das produções locais são tendências que prometem fortalecer ainda mais a TV brasileira, mantendo sua relevância cultural e social”, destaca Joelma.
Inovações
Com a implementação do projeto “TV 2.5”, que integra transmissão banda larga, e os planos para a TV 3.0, a televisão brasileira continua a inovar, preparando-se para um futuro onde a convergência digital será fundamental.
Wilson Diniz Wellisch, secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações (MCom) avaliar que a televisão brasileira não apenas acompanhou as tendências globais, mas também desenvolveu tecnologias próprias, refletindo um avanço contínuo e adaptável às necessidades e expectativas dos consumidores, e com marcos regulatórios que contribuíram com a modernização.
“Os marcos foram e serão fundamentais para a modernização e expansão da TV no Brasil, permitindo uma maior qualidade de transmissão e acesso mais amplo à informação e entretenimento. Em 2023 tivemos o lançamento de diretrizes, pelo Governo Federal, para a evolução do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – TV 3.0, e para garantir a disponibilidade de espectro de radiofrequências para a sua implantação. Em 2025 temos a previsão de início das transmissões da TV 3.0 e data final para o desligamento da televisão analógica no Brasil”, contou.
A TV 3.0, continua, é uma iniciativa conjunta do Governo Federal, do setor privado e da academia para estabelecer o padrão tecnológico da próxima geração da televisão digital brasileira. “A TV 3.0 representa uma evolução tecnológica significativa em comparação com as gerações anteriores da televisão digital brasileira, propondo uma evolução disruptiva para a televisão digital, com melhor qualidade de imagem e som, integração com a internet, uso otimizado do espectro de frequências e proporcionando novas formas de acessar a conteúdos culturais, educativos, artísticos e informativos’, explicou.
