No dia 1º de junho, a partir das 18 horas, o Espaço Múltiplo terá uma noite de muita inspiração cubana! Além de dançarmos com a contagiante música do Grupo Buena Salsa, a noite também contará com a presença do escritor afro-cubano Alberto Abreu Arcia, figura muito conhecida do movimento antirracista em Cuba e pela intelectualidade que pensa e discute as questões raciais contemporâneas. Autor de livros como Los juegos de la Escritura o la (re)escritura de la Historia (2007) e Por una Cuba Negra. Literatura, Raza y Modernidad en el siglo XIX (2017), seu trabalho é reconhecido como central para refletirmos sobre a negritude antilhana, destacando o panorama das lutas por igualdade racial em Cuba no período pós-revolucionário.
O caráter inovador de sua prosa dialoga com as ciências sociais, o que confere densidade ao seu pensamento crítico e às ideias que sustentam o sentido de suas lutas. Alberto Arcia não se define como um escritor clássico “de biblioteca”. No lugar disso, ele destaca a condição política de suas demandas por justiça e equidade social, numa dimensão mobilizadora à qual sua corporalidade não é alheia. Ele pode bem ser definido como um intelectual militante, que não estabelece barreiras ou desconexões incompatíveis com o ambiente que dá sentido aos seus argumentos.
A partir de uma postura de crítica ao racismo, à homofobia e ao machismo, Alberto Arcia é tido por muitos escritores e acadêmicos como uma das figuras mais relevantes da ilha pela sua literatura de protesto, baseada em textos sobre a luta racial, o homoerotismo e sexualidades dissidentes. Entre os vários prêmios e distinções conquistados, citamos o prestigiado Prêmio “Casa de las Americas” conquistado em 2007 pelo livro ‘Los Juegos de la Escritura o la re-escritura de la Historia’; e o Prêmio “Memoria Viva” 2023 do “Instituto Cubano de Investigación Cultural Juan Marinello pelo projeto “Cabildo Tambor de Agua. Familia Mayoni de Armas”.
Portanto, o Espaço Múltiplo convida a todos/as para conhecerem um pouco mais sobre a literatura de Alberto Abreu Arcia, para conversarmos e dançarmos uma bolsa salsa na noite de 1º de junho.
