Governo oferece diversas modalidades de apoio para intercâmbios culturais
Programas de intercâmbio promovem a cultura brasileira e criam pontes significativas
Em fevereiro deste ano, Guilherme Tavares, diretor-fundador do Favela Sounds, maior festival de cultura periférica do Brasil, embarcou em uma jornada transformadora para Nairóbi, no Quênia. No Kilele Summit, primeira conferência de música eletrônica do leste africano, o diretor ministrou uma oficina sobre o desenvolvimento de projetos culturais, selecionado pelo Programa de Intercâmbio Cultural do Ministério da Cultura (MinC). “Foi inesquecível imergir na produção musical eletrônica da cidade, compartilhando a experiência brasileira na gestão de festivais com pessoas interessadas em nossa produção do outro lado do mundo”, relembra.
Desde 2017, Guilherme e sua sócia, Amanda Bittar, têm levado a cultura brasileira para países como Espanha, Uganda e Canadá. “Representar nossas iniciativas e o Brasil em mercados criativos traz uma responsabilidade imensa de difundir as joias criativas do nosso país, que sempre despertam grande interesse por onde passamos”, acrescenta.
Essas experiências ilustram como os programas de intercâmbio do MinC não apenas promovem a cultura brasileira, mas também criam pontes significativas entre diferentes localidades e realidades culturais.
A internacionalização das artes brasileiras é mais do que uma estratégia cultural, é uma forma de construir pontes, promover diálogos interculturais e fortalecer nossa presença artística no mundo. Por meio de programas de intercâmbio, o Ministério da Cultura está comprometido em ampliar as oportunidades para que nossos agentes culturais e artísticos possam compartilhar suas criações, aprender com outras realidades e colaborar em projetos que transcendem fronteiras.
Fluxo contínuo
O Programa de Intercâmbio Cultural, coordenado pela Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, oferece apoio financeiro para agentes culturais apresentarem trabalhos próprios em eventos nacionais e internacionais. Com inscrições em fluxo contínuo, o programa abrange diversas áreas, como música, artes visuais, ciência e tecnologia, promovendo a intersetorialidade e inovação.
O programa destina recursos de forma igualitária para as cinco regiões do Brasil, com 20% alocados para cada uma. Os valores das bolsas variam conforme o destino dos participantes: R$ 7 mil para eventos nacionais e R$ 17 mil para eventos internacionais. No caso de grupos, o programa estabelece um apoio máximo de R$ 68 mil para viagens nacionais e R$ 148 mil para viagens internacionais, independentemente do número de integrantes.
A diretora de Fomento Direto da Secretaria, Teresa Cristina de Oliveira, enfatiza o objetivo da ação, que abraça a diversidade e a inovação. “O Programa de Intercâmbio tem a finalidade de oferecer oportunidade àquelas pessoas que, de outra forma, não conseguiriam apresentar seus trabalhos próprios em eventos no Brasil e no exterior. Não se limita a uma linguagem, acolhe todas as iniciativas e valoriza a intersetorialidade e a transversalidade”. E completa: “O grande valor desse programa é ser aberto ao novo, à inovação, aquilo que ainda não está totalmente mapeado”.