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Histórias de assombração são narradas no Museu das Culturas Indígenas

Narrativas mostrarão a diversidade cultural dos povos indígenas brasileiros e ensinamos transmitidos ao longo de gerações

29/10/2024 06h47 - Atualizado há 6 dias Publicado por: Redação
Histórias de assombração são narradas no Museu das Culturas Indígenas Foto: Governo de SP

Histórias de arrepiar e acelerar o coração de medo serão contadas no Dia das Bruxas (31/10, às 19h), no Museu das Culturas Indígenas — instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

O medo e a fantasia se misturam nas lendas indígenas brasileiras compartilhadas pelos mestres de saberes – indígenas do Núcleo Educativo do MCI.
As histórias buscam explicar fenômenos da natureza e a presença de entidades sobrenaturais que protegem as espécies que vivem na mata.

Culturalmente, as lendas são transmitidas oralmente entre gerações e são fundamentais para preservar a identidade dos povos indígenas. Trazem ensinamentos sobre a relação harmoniosa com a natureza e refletem as cosmovisões das diferentes etnias. Conheça lendas indígenas do folclore brasileiro

Protetora da fauna, a caipora é uma entidade mística retratada tanto como homem quanto como mulher. Com cabelos avermelhados, orelhas pontudas e baixa estatura, seus poderes envolvem despistar caçadores e ressuscitar animais. O nome caipora vem de kaa-póra e siginifica “habitante do mato”.

Assim como a caipora, o curupira é um protetor da natureza. Com cabelos de fogo e pés voltados para trás, o ser lendário faz com que caçadores se enganem e se percam durante a busca. Seu nome vem do Tupi-Guarani com possível significado de “corpo de menino”. Os primeiros relatos na literatura sobre a lenda datam do século XVI e foram escritos pelo padre José de Anchieta.

lenda da mandioca conta a história de uma jovem indígena que desejava engravidar, mas não tinha marido. Certa noite, ela sonhou que um homem loiro descia da lua para visitá-la, dizendo que a amava. Após um tempo, a jovem aparece grávida e nasce uma menina com a pele muito branca, chamada Mani.

Ela era amada por todos na aldeia, brincava e se divertia. Um dia, Mani amanheceu sem vida e sua mãe arrasada a enterrou dentro da oca – todos os dias, ela chorava sobre o local e a terra era regada com suas lágrimas. De repente, um arbusto brotou no lugar e uma raiz, que após ser descascada, mostrou um alimento branco como a pele de Mani.

O nascimento de uma criança saudável e amada por todos originou a lenda do guaraná, que conta a história de um casal cujo maior sonho era ter um filho e pediram ao deus Tupã que enviasse um menino.

Isso despertou a inveja de Jurupari, o deus das sombras, que se transformou em uma serpente e picou o garoto enquanto ele colhia frutos na mata. Tupã enviou trovões para alertar seus pais, mas de nada adiantou e o garoto foi encontrado sem vida.

Todos lamentaram a morte e Tupã ordenou que seus olhos fossem plantados em um lugar especial, nascendo uma árvore diferente com um fruto exótico: o guaraná.

SERVIÇO

Contação de Histórias MCI: Histórias Assustadoras Indígenas

Data e horário: 31/10/2024, das 19h às 20h

Todos as atividades são gratuitas com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

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