Francisco Cuoco, ícone da teledramaturgia brasileira, faleceu nesta quintta-feira (19) aos 91 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Internado há cerca de 20 dias, sedado, ele enfrentava problemas de saúde agravados pela idade avançada e uma infecção causada por um ferimento, conforme relatou sua irmã Grácia, com quem vivia. A causa oficial da morte não foi informada pela família.
Nascido em 1933 no bairro do Brás, em São Paulo, Cuoco construiu uma carreira de mais de seis décadas que marcou a história da televisão, do teatro e do cinema no Brasil. Após deixar o curso de Direito, dedicou-se à Escola de Arte Dramática e atuou em prestigiadas companhias teatrais, como o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), ao lado de nomes como Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. Sua trajetória na TV começou nos teleteatros ao vivo da TV Tupi, evoluindo para papéis de destaque em novelas da Excelsior e Record, como Redenção (1966).
A partir de 1970, na Globo, Cuoco tornou-se um dos galãs mais queridos do público, protagonizando sucessos como Selva de Pedra (1972), O Astro (1977) e Pecado Capital (1975), frequentemente ao lado de Regina Duarte. Sua habilidade em mesclar emoção e leveza o consagrou. Nos anos 2000, fez participações memoráveis em Passione (2010), Sol Nascente (2016) e Segundo Sol (2018), encerrando sua carreira com o especial Juntos a Magia Acontece (2020). Em 2025, sua trajetória foi reverenciada no documentário Tributo, do Globoplay.
Além da atuação, Cuoco explorou a música, gravando álbuns, incluindo um de orações. Nos últimos anos, lidava com ansiedade e dependia de cuidadores para tarefas cotidianas. Sua partida deixa um legado imenso e saudades entre fãs, colegas e admiradores da cultura brasileira.