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Mostra de cinema do SESC conta com diretores pernambucanos contemporâneos

04/01/2020 10h02 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Mostra de cinema do SESC conta com diretores pernambucanos contemporâneos Foto: Divulgação

O Sesc inicia a mostra do cinema contemporâneo produzido por diretores pernambucanos. Os cineastas Marcelo Gomes, Gabriel Mascaro e Kleber Mendonça Filho têm se destacado com seus filmes. “Joaquim”, “Estou me guardando para quando o Carnaval Chegar”, “Divino Amor” e “Bacurau” -que conta também com a assinatura de Juliano Dornelles- compõem sessões.
Hoje será exibido ás 17h30 o filme Joaquim, longa sobre Tiradentes produzido em 2017 com direção de Marcelo Gomes.
Quando apresentado no Festival de Cinema de Berlim, em 2017, o filme “Joaquim” foi acompanhado de protestos contra “um governo ilegítimo apoiado pelas elites econômicas”, como declarou o diretor Marcelo Gomes ao subir o palco após a projeção da película.
O cineasta pernambucano foi coerente, pois seu filme que trata da luta de um homem que, lentamente, toma consciência das forças repressoras, da exploração do ser humano, da absoluta falta de meritocracia no ainda incipiente Brasil do final do século 18. E esse homem se chama José Joaquim da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, protagonizado pelo ator Júlio Machado.
Ao longo de 97 minutos, o espectador vê a cabeça decapitada de Tiradentes em frente a uma capela barroca, enquanto escuta a voz do falecido anunciar a sua morte, a sua história e o seu futuro reconhecimento como herói nacional nos livros escolares.
Controvérsia em torno de Tiradentes
Com uma belíssima fotografia em primeiro plano, uma pesquisa histórica aprimoradíssima e uma direção de arte encantadora, “Joaquim” tinha tudo para se tornar um clássico. Sem falar nas magníficas interpretações de Júlio Machado, de Isabél Zuaa e Welket Bungué, bastante aplaudidos pela plateia.
Além disso, com sua filmagem com a câmera na mão, o diretor conseguiu, apesar de ter abusado do recurso em alguns momentos, aproximar o público da narrativa.
O filme contém também momentos de grande poesia, como aquele em que o índio que acompanhava a expedição para os sertões proibidos começa a cantar com o escravo João, cada um na sua língua, cada um do seu jeito, anunciando um novo canto, o canto do brasileiro. Ou quando Joaquim se encontra no quilombo com a sua amada e a chama de Preta, no que ela retruca: preta é nome de cor, meu nome é Zuá!
Serviço
Joaquim
Dias 5/1 e 14/1, às 17h30
Local: Sesc São Carlos
Grátis

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