Palestra vira curso e aborda a história do rock
Tudo começou com a intenção de agregar pessoas interessadas em conhecer mais sobre as influências do rock em uma palestra ministrada pelo professor Glauco Keller Villas Boas. O sucesso foi tanto que houve a proposta da direção da Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda em montar um curso completo sobre o assunto.
“Sempre que fazia a palestra, ao final, alguém surgia e dizia, mas faltou isso, faltou aquilo. E, de fato, em duas horas, não dá para abordar tudo. Rock Nacional, Reggae e Pop Rock acabavam apenas citados”, conta. “Eu estava voltando do Texas, em Janeiro, com um vasto material de blues, country e jazz (livros, CDs e DVDs). Coincidentemente, o pessoal da Oficina Cultural me ligou perguntando se eu não tinha interesse em montar um curso do tipo. Foi o estopim, pois pude mergulhar nos livros e nas músicas e buscar transformar duas horas de palestra em vinte horas de curso”.
Glauco conta que o curso é voltado para apaixonados por rock, pessoas que gostam de história e vestibulandos. “Abordo fatores culturais e da história dos movimentos civis da década de 60, Guerra do Vietnã, Rock de Protesto, redemocratização brasileira sob o som do Rock Nacional, como o rock mudou o modo das pessoas se vestirem, etc”, fala o professor. “Estou muito empolgado com o início do curso, é uma experiência diferente, pois vou falar de algo pelo que sou apaixonado. Espero que esse seja apenas o primeiro de muitos cursos sobre o assunto”, complementa.
Na primeira aula, que aconteceu na última quinta-feira (9) na sede da Oficina Cultural. “Apresentei as origens do rock (blues, country e gospel), os principais ídolos destes ritmos, conversamos sobre a figura do negro nos EUA do começo do século XX, preconceito racial e sobre a sua importância na criação do rock. Terminamos a aula falando sobre o surgimento do rock como produto cultural com o rei do rock, Elvis Presley, o branco com voz de negro que agregava multidões”, finaliza Glauco.
O Elvis não tinha voz de negro. E não é NEGRO é AFRO DESCENDENTE.
A Janiz tinha!