Raízes de Arcoverde a tradição do coco a São Carlos
O espaço cultural GiG recebe nesta quinta-feira, 16, o samba de coco com Raízes de Arcoverde, um dos grupos mais conhecidos neste ritmo. O grupo mantém a tradição do coco na forma mais pura e original. Com influência das culturas negra e indígena, o grupo representa o amor pelas raízes culturais entre duas famílias, pois para os Gomes e os Calixto, o samba de coco é mais do que música, é um modo de vida.
Era 1916 quando as tataravós das irmãs Lopes começaram a cantar e dançar o samba de coco em Arcoverde, cidade chamada de Portal do Sertão. Em 1947, a família foi morar no Cruzeiro, bairro simples de Arcoverde, onde surgiu o Samba de Coco das Irmãs Lopes de Arcoverde. Dona Joventina Lopes e seus 15 filhos deram início a essa tradição na cidade, e em meados dos anos 50, Ivo Lopes, um dos filhos de Joventina, assumiu a linha de frente do grupo, junto às irmãs. Posteriormente o Mestre Biu Neguinho, Tonho Moura, Zé Feitosa, Romeiro, Cícero Gomes e outros amigos se juntaram ao grupo. Ivo Lopes faleceu e suas irmãs, as Irmãs Lopes (também membros da família Gomes) deram continuidade ao samba de coco, dando origem em 1992, junto à família Calixto, ao Samba de Coco Raízes de Arcoverde.
Apesar de ter surgido em 1992, nessa época ainda junto às irmãs Lopes, que hoje fazem trabalho separadamente, o Samba de Coco Raízes de Arcoverde só ficou conhecido em 1996, quando começou a viajar para fazer apresentações. O grupo já viajou para Bélgica, França, Itália, além de várias cidades brasileiras. Em 2005, a caravana foi selecionada no projeto Rumos da Música, do Itaú Cultural, que dá espaço para a produção contemporânea de arte e cultura do Brasil. Assista ao vídeo a seguir, que contém trechos da apresentação e entrevistas com os irmãos Calixto.