São Carlos participa do Congresso Fora do Eixo
Entre os dias 11 e 18 de dezembro acontece o IV Congresso Fora do Eixo, que é uma das maiores ações do Circuito Fora do Eixo. Por uma semana, a cidade de São Paulo, onde o evento será realizado, receberá debatedores que abordarão temas da cultura brasileira, como: economia criativa, artista e mercado cultural, tecnologia social, empreendedorismo e economia solidária e políticas públicas para a cultura. São Carlos, que faz parte da rede, participará ativamente do evento.
Hoje a rede em São Carlos conta com dois pontos Fora Do Eixo: a Casa Fora do Eixo São Carlos, que é um Ponto de Articulação com foco na linguagem Audiovisual, e o Aparelho Coletivo, um ponto de linguagem com foco na música.
Além da Casa Fora do Eixo São Carlos e do Aparelho Coletivo, participarão do Congresso pessoas envolvidas com o Departamento de Economia Solidária, Festival Contato, Gecepop, Cine Gonzaguinha, além de muitos parceiros.
Gustavo Palma, um dos integrantes do Aparelho Coletivo, diz que o momento do congresso é principalmente de reflexão, nivelamento e estímulo para todos que participam ou se interessam pela rede. “O fato de o encontro este ano acontecer tão perto de São Carlos (pensando que o último foi em Uberlândia e que no ano que vem pode ser em Manaus) é a possibilidade de levarmos até lá todos os parceiros da cidade que trabalham com a gente, pra que essas pessoas tragam pra cá, no pós-congresso, um conhecimento de causa maior e uma injeção de estímulo pra rede se fortalecer ainda mais na cidade”, afirma.
Para ele, o a estrutura da rede nas cidades é mutável e São Carlos pode, e deve, ter outros coletivos e isso é buscado sempre pelo Fora do Eixo. “Não queremos que existam para sempre apenas os coletivos que já existem hoje. Pelo contrário a ideia é, com nosso trabalho, envolver e estimular cada vez mais pessoas pra que elas se apropriem das tecnologias de comportamento e produção que nós compartilhamos e as utilizem para construir seus próprios coletivos, com ações e princípios próprios que garantam sua autonomia”, comenta. “É claro que existem princípios no plano macro que identificam a rede como um todo, e por isso é importante os coletivos surgirem, se aproximarem de quem está há mais tempo na rede e de todas as discussões do dia-a-dia, para construir de fato uma relação orgânica e investir na rede ao mesmo tempo que usufrui de seus ativos, físicos ou até mesmo simbólicos”, complementa Gustavo.
O integrante do Aparelho Coletivo ainda explica que já se pode perceber grande evolução em questão de conjuntura da rede, números e pessoas envolvidas.
“O início contou com poucas pessoas, algumas com dedicação dividida com o trabalho da hora comercial, hoje consolidamos uma estrutura com dois coletivos compostos por integrantes que vivem em dedicação exclusiva à rede”, analisa Palma. “Além disso, o trabalho de formiguinha que vem sendo feito com artistas e produtores da cidade revelam uma gama de pelo menos 100 pessoas que estão de alguma maneira conectados com a rede e suas ações, entre bandas, grupos de teatro, realizadores audiovisuais, produtores culturais e comunicadores”, completa.
Ele ainda ressalta que o principal objetivo agora é fortalecer e evoluir em cada aspecto em vez de somente aumentar a produção e o IV Congresso Fora do Eixo servirá como um encontro aberto ao diálogo com outros produtores, outros parceiros e inclusive outras redes, em busca de democratizar ainda mais as tecnologias e o conhecimento gerado. “Falando por São Carlos e região a expectativa só tem a aumentar quando pensamos que o Congresso vai ser tão perto este ano. Ou seja: temos que nos apresentar e nos posicionar”, finaliza.