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São Paulo Companhia de Dança realiza apresentações gratuitas

Nos dias 11 e 19 de setembro a Companhia leva seu repertório para as unidades Vila Curuçá e Sapopemba

11/09/2024 06h22 - Atualizado há 6 dias Publicado por: Redação
São Paulo Companhia de Dança realiza apresentações gratuitas Foto: Governo de SP

São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança – volta aos palcos das Fábricas de Cultura da cidade.

No dia 11, às 14h30, a apresentação acontece na Vila Curuçá, e o repertório apresenta Cartas de Amor, com a São Paulo Escola de Dança; seguido pela A Morte do Cisne, por Lars Van Cauwenbergh; e Yoin, de Jomar Mesquita. Os ingressos são gratuitos e deverão ser retirados na bilheteria com 1h de antecedência.

Composta por cinco coreografias, de cinco diferentes artistas — Claudia Palma, Vinícius Anselmo, Kátia Barros, Sérgio Rocha e Leilane Teles — Cartas de Amor, da São Paulo Escola de Dança, é uma obra que aborda o reconhecimento de si diante da partida de uma pessoa amada. Em cena, vinte intérpretes — estudantes da Escola — revelam a potência da dança em uma obra multifacetada e dinâmica. Com direção artística e educacional de Inês Bogéa, o programa é composto por: Mergulho, de Sérgio Rocha, ao som de 1º movimento das Três Peças Nordestinas: No Reino da Pedra Verde, de Clóvis Pereira; Lamento de Orfeu, de Kátia Barros, com Amor em Lágrimas, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; O Último Beijo, de Vinícius Anselmo com Ouve o Silêncio, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; Aqua, de Cláudia Palma, com Se Todos Fossem iguais a Você, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e O Samba de Orfeu, de Leilane Teles, com Samba de Orfeu, de Antônio Maria e Luíz Bonfá.

Já a Morte do Cisne é um balé criado em 1907 por Fokine para Anna Pavlova. Um solo emocionante, que dialoga com as sonoridades da harpa e do violoncelo, inspirado no poema de Alfred Tennyson (1809-1892) e nos movimentos dos cisnes em seus últimos instantes de vida. Esse solo é interpretado por grandes estrelas da dança e ganha novos acentos e dinâmicas no corpo das bailarinas da SPCD nesta versão de Lars Van Cauwenbergh.

Qual é a sensação que fica após cessado o estímulo? Os mínimos e mais sutis, os dolorosos ou longevos. O som da gangorra, o cheiro do café da avó, toques, as imagens que parecem permanecer ou persistir. Aqueles que gostaríamos de guardar em uma cristaleira, em um relicário. E como nos transformamos quando tais estímulos deixam de ser reais, mas persistem na nossa cristaleira interior… Yoin.

Ao revisitar as referências usadas para criar a obra Mamihlapinatapai – primeira criação de Jomar Mesquita para a São Paulo Companhia de Dança – o coreógrafo se deparou com outra conotação do significado dessa palavra tão instigante: aquele momento de reflexão em volta do fogo, após os avós transmitirem suas histórias e conhecimentos para os mais jovens. Ou seja, mais uma vez: a sensação que fica após cessado o estímulo.

A trilha sonora metaforiza esse universo, com versões de músicas cujas interpretações originais marcaram o cenário musical brasileiro e o que elas se tornaram após transformadas por novos olhares. O figurino utiliza o upcycling em uma analogia com as novas e melhores versões que podemos criar de nós mesmos a partir dos resíduos das experiências vividas, que guardamos nas nossas cristaleiras interiores. A iluminação simboliza a fogueira de forma contemporânea, em volta da qual os saberes e ancestralidades são transmitidos para nos transformar. Yoin também diz da própria dança que, com sua efemeridade, deixa suas marcas e sensações, após fechadas as cortinas… para o público embalar nos seus relicários.

No dia 19, às 14h, a apresentação acontece na unidade de Sapopemba, e o repertório conta com E Assim Foi…, de Anselmo Zolla para a São Paulo Escola de Dança; seguido novamente pela A Morte do Cisne, por Lars Van Cauwenbergh; e Yoin, de Jomar Mesquita. Os ingressos são gratuitos e deverão ser retirados na bilheteria com 1h de antecedência.

E Assim Foi…, de Anselmo Zolla, é uma fábula contemporânea a partir de imagens que fazem parte da paisagem da fauna e flora, narradas como elementos de lendas e mitos da região amazônica criada especialmente para o Projeto Especial em Dança, da São Paulo Escola de Dança. “Dois grupos de seres humanos habitam a grande floresta, e a partir do encontro de jovens, um de cada grupo, começa a romper com tabus, interditos e tradições de seus respectivos grupos sociais, aproximando as duas comunidades. As descobertas de suas diferenças e semelhanças ocorrem em etapas, na alternância dos ciclos de suas rotinas, festas, alimentação e rituais. A aproximação dos grupos os faz esquecer os medos impostos por tanto tempo. Ao se tocarem, finalmente acontece a grande transformação da criação da Lua Cheia e do Grande Rio de água doce”, conta Zolla. A obra conta com dramaturgia de Andrea Cavinato inspirada em lendas amazônicas e a trilha sonora de Joaquim Tomé com locução de Tuna Duwek serve como fio condutor da obra para oferecer uma camada mais psicológica para acomodar melhor a ação na cena e é desenvolvido como um Leitmotif, com o intuito de pontuar personagens e poder o auxiliar no desenvolvimento da trama, criando reconhecimento.

A obra inédita Yoin, de Jomar Mesquita, é realizada pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e São Paulo Companhia de Dança via Pro-Mac – Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais. Patrocínio BAIN e Itaú.

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