Stephen King ‘pede desculpas’ por ‘prever’ pandemia em seus livros nos anos 1970
Em entrevista à Stephen
Colbert, no The Late Show, na última quarta-feira (06) Stephen King se
desculpou, em tom bem-humorado, por ter ‘previsto’ um cenário que remete à
pandemia do novo coronavírus em seus livros.
Uma das obras que o escritor citou foi o A Dança
da Morte, de 1978, que conta a história de um vírus que gera transformações na
sociedade.
“Sinto muito por isso. Quando eu escrevi
aquele livro, havia acabado de acontecer um vazamento químico em Utah [Estados
dos EUA]. Fui a um médico que eu conhecia e perguntei: ‘como seria se uma
pandemia matasse 98% da população do planeta? Os olhos dele brilharam. Médicos
amam projetar esses cenários apocalípticos, quando são hipotéticos”,
conta.
Em outro momento, ele relembrou do seu clássico
Zona Morta, um romance de suspense sobrenatural lançado em 1979.
“No livro, tinha um personagem, uma espécie
de comediante popular, que dizia aos americanos que conseguiria resolver o
problema da poluição ‘mandando ela toda para o espaço’, falou King,
referindo-se à declaração de Donald Trump sobre injetar desinfetante nas veias
para se proteger do novo coronavírus. A orientação do presidente é uma fake
news, inclusive autoridades médicas alertaram que a prática pode causar morte.