Dueto brilha e conquista bronze
O dueto brasileiro de nado sincronizado voltou a brilhar nesta quinta-feira, 20, e conquistou a medalha de bronze dos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011, ficando atrás apenas das potências da modalidade Canadá e Estados Unidos. A boa nota da apresentação de Nayara Figueira e Lara Teixeira na rotina livre foi somada à pontuação obtida na rotina técnica, na última terça-feira, definindo a terceira colocação. O Brasil tenta agora subir ao pódio com a equipe, que disputa a rotina livre nesta sexta-feira, 21, a partir das 14h (17h de Brasília).
Nayara e Lara, que haviam conquistado 88.500 pontos na rotina técnica, receberam 44.188 em impressão técnica e 44.725 em impressão artística, chegando a 88.913 na rotina livre e totalizando 177.413. O Canadá ficou com o ouro, com 188.988, e os Estados Unidos levaram a prata, com 179.463.
“Estamos muito emocionadas e muito felizes pelo que apresentamos. Dá para ver claramente nossa melhora do Mundial para cá, mas o nado sincronizado é um esporte muito subjetivo e o que vale é a nota dos juízes”, disse Lara. “Colocamos a alma na apresentação, demos tudo o que tínhamos mesmo”.
A vibração da rotina de Nayara e Lara foi um dos pontos altos da segunda apresentação da dupla em Guadalajara. Na rotina livre, as brasileiras levaram à água uma coreografia mais difícil e investiram na potência e na rapidez dos movimentos.
“A gente partiu para o ataque. Cada um tem uma estratégia, e nós optamos por incrementar muito a rotina, tanto que quando acabamos a apresentação quase não tínhamos forças para nadar para a borda”, brincou Lara. “Nossa estratégia foi fazer tudo muito forte e muito rápido, enquanto alguns dos outros duetos mostraram rotinas mais fáceis focando na execução. Agora é voltar, ver o vídeo e analisar o que precisamos melhorar”.
Técnica da dupla, Andréa Curi comemorou o resultado e a evolução desde o Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em julho, em Xangai. “No nado sincronizado você precisa mostrar consistência e se sair bem em diversas competições seguidas para mudar um pouco a percepção dos juízes. A arbitragem resiste um pouco a quebrar a tradição, está acostumada com os mesmos países nos primeiros lugares”, disse Andréa. “Foi uma apresentação muito vibrante, cheia de energia. Elas estão muito felizes e não há dúvidas sobre a evolução delas”. (cob.org.br)
Foto: Silvia Izquierdo/AP/AE{jcomments on}