Alckmin projeta acordo
“Esperamos completar em 2025 todos os trabalhos para complementar o acordo Mercosul-UE”, diz Alckmin

Gabriela Jucá e Francisco Carlos de Assis/AE
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 24, que espera a complementação dos trabalhos para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia ainda neste ano.
Alckmin elogiou o papel do País no comércio exterior. “O Brasil tem tradição de não ter litígio com ninguém. Defendemos o comércio exterior, o livre-comércio, e celebramos o acordo entre Mercosul e UE”, afirmou, em participação remota no evento Rumos 2025, organizado pelo jornal Valor Econômico.
O presidente em exercício ainda salientou que o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ampliar as negociações comerciais. “O presidente está no Japão e uma das razões é o comércio exterior”, pontuou.
Alckmin também fez menções à China como o maior parceiro comercial do Brasil, sobretudo pelas exportações de commodities. “Produtos primários são importantes”, disse. Como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin destacou que a pasta está trabalhando para promover a desburocratização da indústria.
“Vamos aproveitar todas as oportunidades com EUA e China. A disposição do Brasil é fortalecer o comércio exterior. Lamentamos as atitudes dos EUA, porque têm superávit comercial com a gente. Mas não somos problema para os EUA”, reforçou.
TRUMP
Alckmin, afirmou que o Brasil não é problema para os Estados Unidos, em meio às preocupações com a política tarifária americana. “A relação do Brasil com os Estados Unidos é secular. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Temos superávit na balança comercial, tanto no setor de serviços como no setor de bens. Os EUA têm déficit com o mundo, mas têm superávit de US$ 25 bilhões com o Brasil”, frisou, em participação remota no evento Rumos 2025, organizado pelo jornal Valor Econômico
Ele lembrou que a tarifa final média de importações dos Estados Unidos pelo Brasil é de 2,7%. O presidente em exercício disse que conversou com o secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, e que pontuou que os países deveriam aproveitar novas oportunidades.
“São negociações que estão ocorrendo e defendemos o ganha-ganha. Os EUA são importantes para o Brasil, porque vendemos produtos de valor agregado. Nosso empenho é avançar nessas negociações”, disse.