América Latina crescerá 3,2% em 2012 e Brasil, 1,6%
A América Latina e o Caribe crescerão 3,2 por cento este ano, abaixo da estimativa anterior de 3,7 por cento, devido a um desempenho mais fraco no Brasil, principal economia da região, e a um ajuste para baixo na estimativa da Argentina, informou nesta terça-feira a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal).
Em relatório, a Cepal estimou que o Brasil crescerá 1,6 por cento este ano, ante projeção de 2,7 por cento em junho.
“A debilidade da economia mundial, provocada principalmente pelas dificuldades que enfrentam Europa, Estados Unidos e China, pesou sobre o crescimento da América Latina e do Caribe, região que terá em 2012 uma expansão menor que em anos anteriores”, informou a Cepal no comunicado.
A entidade destacou que a desaceleração mostrada pelas economias durante 2011 se prolongou para o primeiro semestre de 2012, o que provocou a redução na projeção de crescimento para o ano.
Entretanto, a Cepal informou que o crescimento regional foi impulsionado principalmente pelo consumo privado, embora a crise global tenha provocado uma debilidade da demanda externa e uma redução dos preços de bens de exportação.
Diante desse cenário, a Cepal reduziu sua projeção de crescimento para a Argentina a 2,0 por cento neste ano, ante 3,5 por cento anteriormente, e manteve a do México em 4 por cento.
A previsão para a economia do Chile é de expansão de 5 por cento e, para o Peru, de 5,9 por cento em 2012. A Colômbia deve registrar crescimento do PIB de 4,5 por cento e a Venezuela, de 5 por cento este ano.
Somente o Paraguai registraria uma contração de 2 por cento este ano na região, enquanto que o Panamá lideraria o crescimento do bloco, com alta de 9,5 por cento.
Para 2013, a expectativa é de que América Latina e Caribe cresçam 4 por cento, com o Brasil se recuperando para registrar expansão de 4 por cento, assim como o México.
“O cenário previsto para 2013 contempla uma situação de tendência levemente descendente do crescimento da maior parte dos países sul-americanos, que são mais dependentes das exportações de produtos básicos para a China”, informou a Cepal.