Após subir 1% durante pregão, dólar fecha estável
O dólar fechou praticamente estável frente ao real nesta terça-feira, 4, depois de passar boa parte dos negócios registrando alta e chegando a bater o patamar de 2,15 reais após o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmar que o Brasil terá que conviver com câmbio mais fraco se este for o movimento do dólar no exterior.
Segundo operadores ouvidos pela Reuters, essa perda de força da divisa norte-americana, a minutos do fechamento, teria ocorrido por conta de movimentos pontuais de venda, com investidores aproveitando a cotação mais elevada.
O dólar registrou leve alta de 0,08 por cento, cotado a 2,1289 reais na venda, sendo que na máxima do dia, chegou a subir 1,07 por cento, a 2,1500 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,8 bilhão de dólares.
“O que pode ter ocorrido é alguém ter aproveitado o pico (da cotação)”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O diretor do BC disse durante a manhã que o Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a recente desvalorização do real em relação ao dólar estiver em linha com outras moedas. E acrescentou: “não há nada que podemos fazer”.
Após as declarações de Mendes, o dólar – que operava em queda frente ao real num movimento de ajuste após as fortes altas recentes – reverteu a trajetória e passou a ganhar força. Na última parte do pregão, no entanto, a divisa afastou-se das máximas do dia e voltou a reduzir a alta.
O dólar avançou 7,04 por cento ante o real em maio, batendo 2,15 reais no intradia na última sexta-feira, quando registrou o maior nível de fechamento em quatro anos, apesar de o BC ter feito um leilão de swap cambial tradicional e anunciado pesquisa de demanda para mais um após o fechamento dos negócios.