Aumento do preço de bebidas não afeta venda
Levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta a cerveja e o chope como os que mais sofreram alteração nos preços dentre os produtos e serviços do carnaval entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2013. Em média, o aumento do preço daqueles produtos foi de 15,20%, valor superior ao da inflação medida no mesmo período, que foi de 5,95%.
Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que dentre os produtos consumidos no período do carnaval, a caipirinha, o chope, a cerveja e o refrigerante são os que apresentam maior incidência de carga tributária: 76,66%, 62,20% , 55,60% e 46,47%, respectivamente. Segundo João Eloi Olenike, presidente da entidade, isso se deve ao fato de esses produtos não serem considerados essenciais pela legislação brasileira.
“Todo final de ano aumenta o preço das bebidas, isso em função do imposto do governo, que reflete nos preços”, diz Marisa Pandolfo, proprietária do Pronto Socorro das Bebidas, que detalha: “Aumentou entre 15% a 20%. Uma garrafa de cerveja a gente comprava a mais ou menos R$ 2,50 e foi a R$ 2,79, R$ 2,80. Mas isso depende também da marca, da quantidade que é comprada, tudo isso tem que ser levado em consideração. Isso, no entanto, não fez diminuir o nosso movimento. Ele se manteve. No período de carnaval aumenta e aumenta muito a venda, cerca de 50% ou 60%. Nesse período o que mais vendemos é cerveja e a parte de destilados, vodka, uísque…”, afirma.
Segundo André Luiz de Abreu, da Casa das Bebidas, apesar do aumento as vendas não diminuíram: “Aumentou 13% mas nós repassamos somente 10% em todas as bebidas. Isso não afetou nossas vendas, não: o pessoal reclama, mas continua levando. E nesse período de carnaval temos um aumento considerável nas bebidas, em torno de 30%”, diz