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Brasil exportará menos carne suína que a meta em 2013

10/10/2013 18h15 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Brasil exportará menos carne suína que a meta em 2013

A exportação de carne suína do Brasil, impactada por um embargo temporário na Ucrânia, deverá atingir 550 mil toneladas em 2013, abaixo da meta estabelecida pelas indústrias no início do ano, de 600 mil toneladas, disse nesta quinta-feira, 10, a associação que representa o setor.

 

O ano deverá fechar também com uma queda ante 2012, quando foram embarcadas 560 mil toneladas, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas, durante entrevista coletiva em São Paulo.

Entre março e maio deste ano, a Ucrânia bloqueou as compras de carne suína brasileira.

O embargo ao produto ocorreu por conta da descoberta de traços da bactéria listeria em uma carga de carne “in natura”, levando a Ucrânia a pedir mais análises para o produto brasileiro.

A suspensão foi encerrada em junho, após a visita de equipes técnicas do país às áreas de produção.

O setor iniciou o ano com perspectiva de firmes vendas externas, com volumes maiores que esperado entre janeiro e fevereiro, mas em agosto e setembro “os números estão mais tímidos”, disse o executivo.

Em setembro, as exportações do setor caíram 24 por cento na comparação anual, para 46 mil toneladas. No acumulado do ano, as exportações somaram 389,3 mil toneladas, com queda de 9 por cento ante igual período de 2012.

“Os números repercutiram a redução de abates, a reação de preços, crescimento do consumo interno e dificuldades logísticas no porto durante uma semana de setembro”, disse o executivo.

Os abates vêm recuando desde maio, por clima rigoroso, um surto de diarreia que provocou a morte de mais leitões recém-nascidos e os custos de produção mais elevados, explicou Vargas.

Segundo ele, os principais destinos do produto brasileiro – Rússia, Ucrânia e Argentina – são mercados muito instáveis, nos quais eventualmente são levantadas restrições ou demandas específicas sobre questões sanitárias.

O executivo afirmou que agora o setor deve investir para reforçar participação em mercados mais sólidos, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia.

A Rússia, principal destino para a carne brasileira, conta atualmente com três unidades brasileiras habilitadas para exportação, e a meta da indústria é atingir oito unidades, número que a Abipecs considera suficiente para atender à demanda total do país.

 

Segundo o presidente da Abipecs, o entrave para aumentar o número de unidades habilitadas é o número de análises necessárias para atestar a qualidade do produto embarcado.

“Estamos providenciando para aumentar o número de análises, mas é uma questão que depende do órgão oficial, que tem de dar o aval sobre as características para cumprir a solicitação russa”, disse Vargas.

 

O executivo assegurou que, apesar do contingenciamento no orçamento do Ministério da Agricultura, este processo de análises não deve ser afetado.

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