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Brasil tem superávit primário de R$ 10,4 bi

27/04/2012 17h25 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Brasil tem superávit primário de R$ 10,4 bi

 

 

 

O setor público brasileiro registrou superávit primário de 10,442 bilhões de reais em março, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 27.

 

No acumulado do ano, o superávit primário está em 45,972 bilhões de reais ou 32,9% da meta cheia para o ano de 139,8 bilhões de reais. Em 12 meses até março, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 3,22 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Levantamento feito pela Reuters mostrou que, pela mediana de 8 previsões, a expectativa era de que o primário teria saldo positivo de 12,6 bilhões de reais em março.

O BC informou ainda que o déficit nominal ficou em 10,595 bilhões de reais no mês passado, levando o resultado de janeiro a março para 12,995 bilhões de reais.

A dívida pública representou 36,6% do PIB. Em nota, a autoridade monetária disse que a “desvalorização cambial de 6,6% no mês respondeu por uma redução de 35,2 bilhões de reais na dívida líquida.”

A apropriação de juros no mês foi de 21,037 bilhões de reais e de 58,968 bilhões de reais no acumulado do ano, equivalente a 5,78% do PIB. A dívida bruta ficou em 56,3 por cento do PIB no mês passado.

 

META CHEIA

Em fevereiro, o setor público brasileiro havia registrado superávit primário de 9,514 bilhões de reais, o melhor resultado para esses meses desde o início da série histórica do BC, em 2011. Com isso, saldo atingiu 35,530 bilhões de reais no bimestre, 25 por cento da meta fixada pelo governo para o ano todo.

A meta oficial do setor público -formado por governo central (governo federal, BC e INSS), governos regionais (Estados e municípios) e empresas estatais – é de 139,8 bilhões de reais neste ano, o que equivale a cerca de 3% do PIB.

Nos próximos meses, as contas públicas podem ser impactadas pelas medidas anunciadas pelo governo para estimular a economia, sobretudo via setor industrial. No início de abril, o pacote que envolveu desde desonerações de folha de pagamento para alguns setores a um aporte de 45 bilhões de reais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, representou uma renúncia de 10 bilhões de reais em 12 meses. (reportagem de Tiago Pariz, Luciana Otoni e Alonso Soto)

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