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Comerciantes alegam falta de mão de obra qualificada

18/10/2013 10h52 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Comerciantes alegam falta de mão de obra qualificada

O comércio abriu a temporada de contratações de final de ano. A estimativa da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc) é que sejam oferecidas mil vagas de trabalho no período, com efetivação de 15% dessa, contudo o comércio reclama da escassez de mão de obra especializada. Como argumento, a Acisc diz que as grandes redes que se instalaram na cidade absorveram milhares de trabalhadores, o que justifica a falta dos especializados. Os comerciantes pedem cursos de treinamento de novos profissionais, principalmente para a área de vendas.

Walter Alteia é proprietário da Blow Up Calçados, que está prestes a completar 50 anos. O empresário está disposto a abrir cinco vagas temporárias de vendedores para o final do ano e tem 60 currículos para serem analisados. “Desses currículos, com raríssimas exceções, se encaixam no perfil de um vendedor”, lamenta.

E o salário não justifica a falta de interesse. Um vendedor, com o piso salarial da categoria, mais as comissões pelas vendas, recebe entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. No período de comemorações como Natal, Dia dos Pais e das Mães, o salário chega a ser um pouco maior.

“O comércio exige dedicação. Tem de se trabalhar aos sábados, durante datas festivas o horário se amplia, e isso afasta alguns candidatos”, ressalta. No entanto, Alteia diz que faltam cursos que qualifiquem trabalhadores para vendas.

“Emprego tem, mas precisamos de um esforço conjunto para oferecer cursos de preparação de profissionais”.

Carlos Gonçalves abriu uma loja de roupas no Centro há seis meses e também esbarra na dificuldade de contratar vendedores. “Apelei até para as redes sociais, mas não encontro pessoas com experiência em vendas”, afirma.

Atualmente, o empresário emprega três funcionárias, uma delas em treinamento e a segunda sem experiência alguma. “Vendedor precisa se expressar bem, estar em diálogo constante com o cliente e hoje o que percebemos são pessoas muito tímidas, retraídas, que não servem para a área de vendas”.

 

ARGUMENTOS

O presidente da Acisc, Alfredo Maffei Neto, admite que falta mão de obra qualificada no mercado. Ele alega que nos últimos anos, os investimentos de grandes atacadistas contribuíram na redução dos índices de desemprego na cidade. “Havan, Tonin, Tenda, Savegnago, Mapfre, entre outras empresas absorveram milhares de empregos”, argumenta. Ele afirma que esses empreendimentos, mais o Makro que deve inaugurar em breve, geraram 2 mil empregos.

“Estamos articulando com a Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda e Senac cursos de preparação de mão de obra para o comércio com o objetivo de minimizar essa necessidade dos comerciantes”, explica.

Os cursos não acontecerão neste ano porque, segundo Maffei Neto, as vagas disponíveis no comércio são para início imediato e não há mais tempo para treinamento.

 

 

 

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