Comércio chega a cair 40% com recesso universitário
Por conta do início do período de férias na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e na USP (Universidade de São Paulo), muitas lanchonetes, restaurantes e comércios, cujo público alvo é de estudantes, já se reorganizam e calculam o prejuízo do recesso escolar dos estudantes. Em alguns lugares, o prejuízo chega a quase 45% do faturamento mensal desses estabelecimentos.
Isso ocorre porque muitos comércios são baseados, principalmente, em atender o público universitário que, em sua maioria, vem de outros municípios para estudar em São Carlos e, no período de férias, retorna para suas cidades de origem. Esse público é responsável pela movimentação financeira e demanda de alimentos, refeições, artigos de papelaria e fotocopiadoras.
O maior reflexo dessa migração populacional pode ser sentido na área alimentícia, onde os restaurantes, bares e lanchonetes amargam o maior prejuízo, pois os alunos universitários correspondem a mais de 40% do público consumidor.
Numa panificadora próxima à UFSCar, o faturamento chega a cair aproximadamente 45% no mês de férias, em relação ao período letivo normal, o que faz com que o retorno às aulas seja esperado pelo proprietário.
“Num mês normal faturamos cerca de R$ 103 mil reais, em média. Nos meses de férias, faturamos cerca de R$ 60 mil. Ou seja, uma perda de aproximadamente 43% no faturamento. Dividindo pelas 4 semanas de um mês, é uma perda aproximada de 10% semanalmente”, explica o dono da panificadora, Waldir Luiz Ferra.
Ele explica que o público alvo do estabelecimento são os estudantes, por isso o reflexo das férias é tão sentido. “Durante o período letivo oferecemos refeições diferenciadas, noites temáticas, etc., para atrair os estudantes. Com o período de férias, pelo fato duma semana à mais de férias, nosso planejamento para esses eventos é desfeito”, ressalta Ferra.
O reflexo também é sentido em papelarias e fotocopiadoras que tem como público alvo, majoritariamente, estudantes. O prejuízo calculado, por esses estabelecimentos, é de mais de 10% no faturamento.
“Tiramos uma média de 3000 cópias diárias, nos períodos de pico, que são o início das aulas, retorno das férias e semana de provas. Ou seja, uma semana de férias representa 16.500 cópias a menos que, num mês, dá mais de 66.000 que deixamos de fazer, o que, para um estabelecimento que vive disso, é um grande decréscimo no faturamento”, afirma Eliseu dos Santos Garcia, um dos responsáveis pelo local.