Comércio e residências puxam energia em março
O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 6,1% em março na comparação anual, para 38.575 gigawatts-hora (GWh), influenciado principalmente pela demanda das classes comercial (10,6%) e residencial (8%), enquanto o consumo industrial mantém ritmo moderado (alta de 2,1%).
“Esta alta na baixa tensão é a maior deste dezembro de 2009”, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quinta-feira, 26.
O crescimento na classe comercial foi forte em todas as regiões do país e chegou a mostrar uma alta de 20% na região Norte.
Na região Sudeste, o maior centro de consumo do País, a classe comercial teve alta de 9%. “Houve influência do ‘efeito calendário’ e das condições climáticas, mas o impulso do consumo reflete também ritmo intenso da atividade setorial”, informa a EPE ao se referir ao fato de o Carnaval de 2011 ter caído em março, o que reduziu os dias úteis naquele período.
Já a aceleração do consumo residencial – que foi de 6,8% tanto no Sudeste quanto no Nordeste, de 14,5% no Sul, 8,5% no Centro -Oeste e de 5,3% no Norte – é explicada por temperaturas médias acima daquelas verificadas no mesmo período do ano passado, com exceção do Norte.
Temperaturas mais altas incentivam o uso de equipamentos elétricos de refrigeração, como ar condicionado, por exemplo.
Já a indústria consumiu 15.510 GWh em março, sendo que o maior crescimento do consumo nessa classe foi nas regiões Centro-Oeste e Norte.
No Centro-Oeste houve aumento de 15,8% em março diante da incorporação de novas cargas ligadas à expansão da produção de ferro-níquel na região.
Já no Norte, o crescimento de 8,4% no consumo industrial é explicado em parte, pelo aumento de 19,8% no Amazonas, diante de um número maior de dias de faturamento com um ajuste no cronograma da distribuidora de energia.
No primeiro trimestre de 2012, o consumo total de energia do país cresceu 3,9% na comparação anual, para 111,8 mil GWh.