Comércio se expande fora da área central
Atualmente a área central da cidade deixou de ser preferência para empresários e comerciantes. Com o crescimento do município e população, os conhecidos corredores comerciais passaram a ter mais autonomia em vendas e clientela.
Só no primeiro semestre, de janeiro a junho, a Prefeitura Municipal emitiu 947 alvarás para atividades de comércio, sendo 690 fora da área central, que engloba comércios da rua Santa Cruz até a rua Treze de Maio. Só nas ruas XV de Novembro e Dr. Carlos Botelho foram 36 alvarás concedidos este ano para comerciantes.
Para os consumidores que moram próximo aos corredores comerciais, a vantagem é maior, pela facilidade e comodidade, evitando o deslocamento por meio de transporte coletivo, falta de vagas para estacionar o carro, além da aglomeração de pessoas pelas ruas e calçadas.
As mesmas vantagens que o comércio tradicional os corredores comercias oferecem: crediário próprio, pagamento e parcelamento com cartões de crédito, produtos exclusivos e promoções, aumentando concorrência entre os segmentos.
O empresário Nilton Alves Batista possui uma loja na avenida Sallum, um ponto de destaque da Vila Prado. Depois de uma pesquisa ampla, percebeu que área central estava saturada e que os clientes buscavam outras opções para evitar o grande movimento de carros e pessoas. Outro ponto considerado decisivo foi a diferença de preço dos imóveis. Os imóveis da área central são mais caros e requer mais funcionários no atendimento, aumentado o risco de prejuízos se os negócios não forem bem.
“Para competir diferenciamos no atendimento e produtos de qualidade. Aqui as pessoas não há transtornos para estacionar”, diz Batista.
Regina Cardoso Kapp, proprietária de uma loja de calçados femininos na avenida Dr. Carlos Botelho, defende a posição que o “alto da cidade” proporciona aos clientes mais tranqüilidade e rapidez, “É diferente comprar fora do Centro da cidade, o atendimento é mais próximo e personalizado. Sem aglomerações e espera. Os clientes se sentem muito bem atendidos e saem daqui satisfeitos”, comenta Kapp.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), Alfredo Maffei Neto, diz que há muito incentivo na participação de microemprendedores de todos os corredores comerciais da cidade. Com disponibilidade de consulta ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), convênio médico a preços mais acessíveis, participação de campanhas promocionais, mensais e gratuitas, emissão de certificados digitais com desconto, atualização dos conhecimentos em palestras, cursos e oficinas, dentre outros benefícios.
“Sem dúvida, os corredores comerciais são importantíssimos para a evolução do comércio de São Carlos como um todo e, consequentemente, para fomentar a economia local. Além disso, o aumento do número de lojas incentiva a melhoria contínua das que já existem, o que resulta em um comércio cada vez melhor, com potencial inclusive para atrair consumidores de outras cidades”, afirma Maffei.