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Confiança cai 0,5 ponto

Em médias móveis trimestrais, confiança empresarial também encolheu 0,3 ponto em novembro

02/12/2024 22h38 - Atualizado há 20 horas Publicado por: Redação
Confiança cai 0,5 ponto Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Daniela Amorim/AE

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,5 ponto em novembro ante outubro, para 97,4 pontos, informou na segunda-feira, 2, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, a confiança empresarial encolheu 0,3 ponto em novembro.

O resultado reflete a piora nas expectativas, apesar de uma melhora na avaliação sobre o momento presente. Segundo a FGV, as sondagens empresariais “retratam uma economia com nível de atividade ainda forte, mas acompanhada por uma piora das expectativas para os próximos meses, influenciada pela tendência de alta dos juros internos e aumento da incerteza fiscal”.

“Vale destacar que os dados desta edição foram coletados antes do anúncio do pacote fiscal do governo, em 27/11/2024. Um ponto de preocupação para o primeiro semestre de 2025 é a terceira queda consecutiva no indicador de otimismo das empresas em relação aos negócios nos próximos seis meses. Apesar disso, outro termômetro de confiança no futuro, o indicador de ímpeto de contratações, permanece resiliente”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) aumentou 0,1 ponto em novembro ante outubro, para 98,7 pontos, maior nível desde setembro de 2022. O Índice de Expectativas (IE-E) teve queda de 1,0 ponto, para 96,2 pontos.

Entre as expectativas, o destaque foi o item que mede as perspectivas para a evolução dos negócios nos próximos seis meses, com redução de 1,8 ponto, para 97,4 pontos. O item que mede as expectativas para a demanda teve ligeiro recuo de 0,1 ponto, para 95,1 pontos.

Quanto ao momento presente, o item que mede a percepção sobre a demanda corrente diminuiu 0,1 ponto, para 99,1 pontos. O componente que avalia a situação atual dos negócios cresceu 0,3 ponto, para 98,2 pontos.

Na passagem de outubro para novembro, a confiança dos serviços encolheu 0,3 ponto, para 94,9 pontos; a do comércio cresceu 3,7 pontos, para 92,7 pontos; a da indústria diminuiu 1,3 ponto, para 98,6 pontos; e a da construção caiu 1,5 ponto, para 95,7 pontos.

Em novembro, a confiança avançou em 31% dos 49 segmentos integrantes do ICE.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.674 empresas dos quatro setores entre os dias 4 e 25 de novembro.

ABIQUIM

O faturamento da indústria química nacional estimado para o ano de 2024 é de US$ 158,6 bilhões, queda de 2,3% ante o que foi visto em 2023 na comparação em dólares e alta de 2,1% em reais. Os números são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

O presidente da associação, André Passos, disse nesta segunda-feira, 2, que a aprovação da lista transitória da Tarifa Externa Comum (TEC) deu tempo ao setor para discutir temas estratégicos.

Ele lembra que os 30 produtos que foram aprovados representam cerca de 65% do volume de importações no setor.

Os números do setor mostram que essa indústria gera R$ 30 bilhões em tributos federais ao ano e corresponde a 11% do PIB industrial.

Segundo a Abiquim, a cada R$ 1 milhão de aumento de produção da química, gera-se R$ 960 mil de acréscimo ao PIB.

Do total de US$ 158,6 bilhões estimados em faturamento para o ano, US$ 38,2 bilhões são de produtos farmacêuticos; US$ 57,7 bilhões são de produtos químicos de uso industrial; US$ 13,9 bilhões vêm de fertilizantes; US$ 12,3 bilhões em higiene pessoal, perfumaria e cosméticos; US$ 19,4 bilhões de defensivos agrícolas; Produtos de limpeza e afins somaram US$ 7,5 bilhões; tintas, esmaltes e vernizes somaram US$ 5,8 bilhões; Fibras artificiais e sintéticas, US$ 1,1 bilhão; e outros segmentos, US$ 2,7 bilhões.

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